Aconteceu numa altura em que levava tantas vezes no rabo, que o meu corpo quase que se transformou, com coxas grossas e nádegas redondas como as de uma mulher.
Por isso ele não teve culpa nenhuma, e o que lhe ofereci, dei-o com prazer, talvez alguma, não quero dizer pena, da minha parte.
O sr. Martins era um daqueles homens que atravessava a vida sem sonhos ou ilusões, por sua própria vontade, solitário, com cara de não ter família ou não a querer ter.
Tinha uma oficina ao fundo da rua, uma espécie de sapateiro faz tudo, onde eu ia pedir ferramentas, ou engatá-lo para me ajudar a arranjar a bicicleta.
Entrava pela loja adentro, como se eu fosse o seu único amigo, e ali estávamos os dois, por vezes tardes inteiras, eu a fazer-lhe perguntas intimas ou a tentar descobrir curiosidades da vida.
Parecia um anjo caído em desgraça, sábio à sua maneira, vivendo lento e sem nenhuma riqueza, só com o tempo a seu favor, sem correrias ou expectativas.
Tinha uma certa empatia por ele, e naquele dia, como em outros atrás, apercebia-me que me olhava de outra maneira. Mirava-me o corpo discretamente, o meu rabo empinado, com um certa vergonha contida, pela sua fraqueza, querendo sentir-me perto, a dar-me uma espécie de carinho.
Num desses momentos, devo ter perdido a cabeça, agarrei-lhe a mão, ele rendido mas surpreso, e levei-a ao meu rabo para mo apalpar.
Senti-o colado a mim, o bafo da boca, a explosão de tesão, a não conseguir parar, a meter a mão nas minhas calças, sôfrego, o meu ânus nos dedos dele, a minha, para trás, a afagar-lhe o pénis.
Não falávamos, não trocávamos palavra, culpados, sem remorsos, ou arrependimento, deixei cair as calças até aos pés, mostrando-lhe a promessa querida, o meu rabo oferecido, um murro no estômago para ele, nenhuma saliva na garganta, nem na dele nem na minha, unido a mim para me comer.
Baixou-me sobre a bancada, o cabedal no meu nariz, o cheiro no meu cérebro, o pénis dele a enrabar-me, uma alegria na vida, como um prémio há muito aguardado, também tinha direito.
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