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á não falava com ele há bastante tempo, contava-se nos corredores do saber que os negócios do Mestre Aurilindo andavam mal por causa da pandemia, mas quando ele ligou com aquela alegria natural dos homens de negócios com muita experiência, eu percebi que afinal era tudo mentira.
Ainda perguntei, “então Mestre, dizia-se por aí que a sua escola de cunilingus andava com algumas dificuldades?”, do outro lado ouvi uma gargalhada, “nunca ganhei tanto dinheiro como agora”, eu estava surpreendido, “afinal a pandemia!!.
Mas ele continuou, “pensa bem nisto bem, 99% dos gajos no planeta não sabem lamber uma cona, e até as gajas!! têm dificuldades em manobrar um bom pau, o meu negócio nunca acaba, e se há coisa que os faz felizes são as minhas aulas, ficam com saberes e ferramentas para toda a vida”.
Ainda fiquei a pensar, se lamber um clitóris ou um galo ereto era assim tão importante, mas o meu Mestre Aurilindo levava aquilo a sério, havia livros e conferências, coisa que não se acreditava.
Ele continuou, “nem imaginas a assistência que tenho tido pelo zoom, agora querem tudo digital”, eu balbuciei, “digital ..?”, ele prosseguiu, “sim... até punhetas .. há gajos e gajas que nem uma punheta sabem bater em condições ... isto é um mundo ... tudo desconhecido”.
Ainda falámos em mais algumas coisas quando ele aprofundou o assunto, “eh pá mas estou cansado disto!”, eu perguntei, “de quê, Mestre?”, ele continuou, “disto do digital, tu sabes, sempre gostei de mexer e sentir o material”, eu ouvia com atenção, ele continuava, “se quero ensinar bem uma mulher a fazer um broche ao marido, eu tenho de estar lá para ela exercitar, ela chupar o meu pau e eu explicar, dar instruções de como se faz”.
Eu pensava que a vida deste homem tinha destes sacrifícios, ele continuou, “tu compreendes, uma língua a lamber bem viva, é diferente! O digital não chega”, ele prosseguiu mais um pouco e então finalmente esclareceu, “eu estou a pensar abrir um clube de strip de gajas, o que achas?”.
Eu perguntei, “o que acho? Mas porquê o que acho?”, ele prosseguiu, “eh pá contaram-me que tu e a tua mulher tinham alguma experiência!”, eu insisti, “experiência? eu e a minha mulher? porquê?”, ele continuou, “disseram-se que tu e a tua mulher gostam, como hei-de dizer, gostam de clubes de strip até masculinos”.
Mas quando eu ia responder, ele insistiu com a pergunta, “a tua mulher não foi já puta?”, a minha mulher ser puta trouxe-me boas memórias, e eu respondi, “quer dizer, foi, mas ... daí a ter experiências em clubes de strip? Vai alguma distância”, ele desligou, “sim, não interessa, dá um beijo à tua mulher por mim, sabes que gosto muito dela, já a fodi e é uma loucura”.
Eu devia estar a dizer que sim, sim, qualquer coisa, quando ele quis saber, “eh pá, preciso dos vossos conselhos, o que é que faz um club de strip de gajas ser diferente e melhor que os outros?”, eu respondi, “concentra-te no Disc Jockey (DJ), é muito importante”, do outro lado o silêncio e depois, “não tinha pensado nisso, pensei que não fosse importante, mas elabora... elabora”.
Então eu disse que um bom DJ para um clube de strip de sucesso, tem de ser como um antigo namorado da nossa mulher para que haja um relacionamento bem sucedido; se escolhermos a namorado certo, nós teremos uma mulher feliz e satisfeita nas nossas mãos, mas se escolhermos o namorado errado ele vai acabar por foder o nosso sustento, e depois enfiar o pau na nossa mulher sem nós sabermos”.
Por momentos achei que o Mestre Aurilindo estava confuso, “mas o namorado é para quê? não estou a perceber? Para comer a tua mulher?”, ele disse aquilo e a ideia de um antigo namorado da minha mulher a fodê-la atravessou a minha cabeça, e eu disse, “não, o que queria dizer é que tem de ser uma boa escolha”, ele disse “hummm”, pouco convencido e eu prossegui.
Eu disse que já tinha estado em todas as posições, que já tinha sido DJ de clube, dono de bar de strip, marido e namorado, e por isso sentia-me em condições para esclarecer uns quantos aspetos simples que qualquer dono do clube podia usar para contratar um bom DJ, eu disse, “Mestre, um clube de strip é como uma cozinha: as gajas ficam loucas quando um gajo diz a elas que estão no sitio certo, os homens são os que fodem tudo.”
Ponto mais importante: “Certifique-se de não contratar um “DJ que diz que é DJ”, a menos que ele ou ela saiba trabalhar com gajos e gajas nuas. Um DJ de night-club poderá “ler a multidão e o caralho” tão bem quanto um DJ de clube de strip, mas a principal diferença é que os clientes num night-club estão lá, em principio, bem, para dançar.”
Num clube de strip, os clientes estão lá para ver gajas a dançar nuas, e o DJ tem de entender as pessoas que observam as dançarinas. O club pode ter um formato mas um bom DJ não tem de ligar ao seu gosto, um bom DJ tem de estar focado é no dinheiro, em vez da vibe, mix, ow, e o caralho.
Um bom DJ trabalha orientado para o dinheiro, sugerindo e incentivando a música, somente quando é de benefício monetário para as dançarinas, porque se junto ao palco estão motociclistas tipo “hell angels”, então puxar no metal deve ser a melhor ideia, uma stripper feliz é uma stripper sexy, e uma stripper sexy faz dinheiro.
Por isso contratar um DJ famoso, que só é conhecido por trabalhar em night-clubs é má ideia, é como contratar um estudante de arte para fazer uma tatuagem.
Eu continuei, “Mestre, existem basicamente três tipos de DJs de clube que você tem de estar atento:”.
A primeira variedade: estes estão sempre a pensar como vão comer uma mulher que os outros pagam para ver nuas. Este não interessa, porque o mais provável é não aparecer se for chamado quando o club precisa, e afasta os motociclistas dos turnos diurnos.
A segunda variedade, é um sobrevivente dos anos 80, que costumava fazer tournés com umas gajas e tem amargura dos dançarinos mais jovens por não saberem quem ele é. Esses gajos começam a suar sempre que é preciso conectar um cabo ou fazer uma coisa técnica mais moderna.
O terceiro tipo, é o tipo que o Mestre quer contratar; ele tem alguns crimes sob o seu cinto, entende o jogo sem se deixar queimar por ele, não tem medo de mudança, e nem traz isso para o próprio clube.
O DJ é pago em dinheiro para olhar para gajas que a maioria dos homens não podem tocar, e os clientes gastam esse dinheiro a olhar para gajas que só eles acham que puderam ver.
Eu disse, "é como a mística da Nossa Senhora, elas são imaculadas, não estão ali para foder, por isso, arranje alguém que trabalhe, sem usar e estragar o material.
O Mestre disse, "Imaculada, fuck, Nosso Senhor".