BIOGRAFIAS ERÓTICAS: Romance
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Ternura em tempo de guerra

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Ternura em tempo de guerra

Não tinha acontecido de repente. Era uma coisa que apareceu lentamente, foi acelerando, força daqui, força dali, a dar-lhe impulsão, até ao desastre final. Nem se sabe onde começou, começou e pronto, espalhou-se rapidamente, correntes que depois se conjugaram, todas no mesmo sentido, uma maré destruidora, que apanhou todos desprevenidos, e quando digo todos, eu contador desta história, digo os humanos.

De Giancarlo Mecarelli
Foi um vírus estranho por ser só psicológico, não atingira a saúde dos corpos, mas as mentes e com elas os sonhos de existência comum, os vínculos quebraram-se, viamo-los nos animais, nas formigas, que se sentem todas a si próprias e ás outras, nas abelhas, nos animais inferiores.

E nós que adivinhávamos que os tínhamos, não que os víssemos, mas como crença, como ideia, como sensação física, de que existiam mesmo, e de que um dia, talvez daqui a mil anos, a ciência os confirmasse, como algo palpável, material, o de que todos os seres humanos estão unidos num só laço.

Mas essa maré levou tudo, e com ela esse fluido, feito de argamassa que une, que solidifica a existência, que obriga quem vive, e de repente, eram todos cada um por si, uma selva, uma guerra, uma existência solitária, tudo ia caindo à nossa volta, a fome, a doença, a desesperança, o medo dos outros, num inverno frio, tudo ia ruindo, e a ciência, daqui a mil anos, já nada descobriria, porque o que havia, morreu.

E até Deus fugiu!!!

Foi nesta era apocalíptica que a conheci. A minha fêmea Núbia. Não esperava nada, nem queria ou desejava nada, como todos os outros, sem vínculo, aguarda-se o tempo, entre nascer e morrer, que ele passasse depressa, vive-se para sobreviver. 

Encontrei-a num canto escondida, um canto da minha horta, protegida dos homens, nem tanto dos animais, alimentos que produzia, só mesmo para mim, e tive medo dela, como ela de mim, tínhamos medo de todos.

Não a afugentei, na realidade nervosa dos dias, era uma coisa singular, atravessara paredes, silvas e redes farpadas, ferida em sangue ali estava, à procura de alimento, umas feições negras tão lindas, o corpo perfeito de gazela, os olhos grandes verdes, num segundo sonhei tê-la, estranho que os vínculos tinham morrido, deixei-a comer, alimentar-se sofregamente, tinha pouco mas lho dava, como um animal ferido assustada.

Lembrei-me dos tempos em que ainda havia vínculos. Sendo branco, daqueles brancos brancos nórdicos, talvez a outros parecesse estranho, mas sempre gostei de mulheres negras, naquele mundo pareciam-me reais, pelo menos as que idealizava, pigmentos de ébano cobria-lhes o corpo, um manto, uma doce cor de nogueira, chama de verdade que vinha de dentro, que fazia luzir aqueles olhos, algo de síntese de um passado antigo.

A minha Núbia era a minha descoberta, a maré a tinha trazido e deixado ali, ali comigo, deixei-a ficar, ela num canto, eu no noutro, fui trabalhando sozinho na minha terra, dava-lhe o que tinha e o que conseguia, todos os dias saía em busca de mais coisas, e do medo que tinha dos outros, no regresso, passei a esquecê-lo, e a ter o de não a encontrar mais.

Havia silêncio entre nós, apenas os olhos à descoberta, os gestos e movimentos, nem sei bem se falávamos a mesma língua, sentia que me enternecia, uma violência dos sentidos essa, afinal também o vírus me apanhara, a minha Núbia se instalava, terra árida da minha alma, já aqui nada florescia, só os meus devaneios voavam, como bater de asas em fugida, pensava, amor verdadeiro só em tempo de guerra.

Era tarde, cansado lavei o meu corpo, via lavar o corpo dela, a um sol fusco que se recolhia, os seios redondos, o ventre, as coxas, os pelos da púbis, pensei, se há deusas, escolheriam aqui o seu modelo, deitei-me no meu canto, onde repousava desde que a tinha comigo, isolado, longe, medo de tudo, menos dela, do inesperado, do imprevisível, quando sinto um restolhar no escuro, um manto brilhante de calor e de carne a cobrir-me.

O corpo dela quente colou-se ao meu, aguardámos em silêncio, senti os pelos da cona dela a roçarem-me no caralho, movimentos lentos, lábios húmidos que me tocavam, senti-me teso em baixo, a crescer para dentro dela, a minha Núbia enterrou-se em mim, dois seres ligados pelos sexos, parou, deixou-se estar, rodeou-me os ombros num longo abraço, enroscou os pés dela nos meus, sussurrou-me ao ouvido, "deixa-nos estar assim", unidos num só, colou a boca dela na minha, duas linguas procuraram-se e enroscaram-se, ficámos a ouvir o som intemporal do tempo, e o ruído do terror e do medo lá fora.

Relógio em noite suada

21:59 0
Relógio em noite suada

Mas que noite do caralho!! Imaginem cada célula da minha pele a largar água toda a santíssima noite. Lembro-me de passar a noite a passar as costas da mão na testa e de retirar para o lado uma espécie de líquido espesso gorduroso que eu salpicava para o chão.

E foda-se!! houve momentos em que o meu sono era substituído por tempo acordado a segurar na ponta do meu caralho murcho, a apontá-lo para o alto, só para dar oportunidade aos colhões de respirarem e não morrerem afogados.

Os colhões esses, eu tinha de os ir virando, como se viram os frutos, do aquecimento que vem por baixo, para desgraçados, apanharem um pouco de ar fresco, duas bolas gordas coladas, do suor que escorria nas minhas pernas.

O sol parecia que queria aparecer, e lembro-me de ter decidido levantar-me, deambular nu pela casa, ainda olhei para a minha mulher deitada, também um corpo nu molhado, o rabo redondo para cima, um brilho de suor no rego, ontem à noite comi-lhe o cu, e foi o que me ocorreu.

Agora estou aqui sentado no sofá. A minha única atividade, para além de respirar, claro, e de estar a afagar os colhões, é olhar para um relógio de parede enorme, que a minha mulher decidiu comprar recentemente, e que diz que são quase oito horas da manhã.

Na altura que ela comprou esta merda a única coisa que me ocorreu dizer foi que apesar daquela merda ser enorme, o tempo que passava era sempre o mesmo.

Mas acho que me perdi no tempo, acho que desde as sete horas da manhã que estou a olhar fixamente para esta merda enorme, como se o tempo, ou melhor, a passagem dele, não fosse já uma coisa deprimente, tinha ainda isto para me lembrar.

Cada segundo olhado, parece e é, caralho!! cada segundo perdido, e a merda não é só do relógio, é do que vamos fazendo com o tempo, e este sobressalto que me dá, é que nada vai acontecendo, e vejam bem, nem que fosse qualquer coisa pequena, que dissesse que alguma coisa tinha mudado.

Agora estou aqui a olhar para o caralho do relógio enorme, estou a brincar, ou melhor a descolar, os meus colhões molhados, que vou girando na mão, à medida que penso, o meu caralho a ficar teso, e eu a pensar em quê? na amiga da minha mulher que conheci ontem à noite.

Para além do caralho do relógio enorme, a minha mulher também tem destas coisas!! Ao longo do tempo ela apresenta umas amigas que eu já sei que existem há muito tempo, mas de forma racionada, mais ou menos uma por ano, principalmente depois de ela saber que se casaram, para eu as poder conhecer.

Pelas minhas contas, algumas dessas amigas que eu imagino que são as melhores, as “peligrosas” como a minha mulher lhes chama, só as conhecerei já depois de velhas, ou se tiverem um problema qualquer, diz ela que eu não sou de confiar, com as minhas crises existenciais.

Agora que estou aqui a pensar e a olhar para o caralho do relógio, a sentir no corpo cada segundo que passa, eu gostava que a minha mulher se levantasse, e sem palavras, vendo o meu sofrimento, se ajoelhasse entre as minhas pernas, e chupasse o meu caralho, eu fechava os olhos e viajaria um tempo no espaço.


Isso não seria uma mudança, mas seria um começo!! E o caralho da amiga dela de ontem à noite e o seu marido de fresco? Mas que suplicio!! Um calor do caralho, expetativas e planos, um futuro exige tempo, e eu a sonhar com cona.

Imaginava-me a penetrar aquela amiga, a olhar insistentemente aquelas pernas roliças, a ver se via mais qualquer coisa, mas também penetrava aquela mente, politizada como a da minha mulher, já estava tudo decidido, os planos eram os de todos, quando eu me perguntava, “não era mais fácil serem só putas”.

As pessoas quando estão dominadas por estes planos riem-se muito, e ocorreu-me pensar se algum dia poderia foder o cu daquela amiga, como fodi esta noite o cu da minha mulher, quando ela decidisse chorar, compreender a passagem do tempo, e que as melhores coisas não se planeiam.

Se calhar nem me importaria que o marido de fresco alegre, fodesse o cu da minha mulher, enquanto eu fodia o cu da mulher dele, isso é que era uma mudança!! E caralho, era imediata, não teríamos todos de esperar que os sonhos, como acontece sempre, se desvanecessem no tempo.

Só os sonhos reais se aguentam um pouco mais!!

Ouvi agora um som vindo do quarto. A minha mulher acabou de dar um peido, e isso é bem real.

Ontem à noite quando chegámos a casa, não aguentei mais, eu fiz o que podia, eu comi o cu da minha mulher logo ali na sala, gozei no cu da minha mulher a imaginar a foder o cu da amiga.

Olho para o caralho do relógio a pensar que se calhar é a única mudança que podemos ter agora.

Contos eróticos de Natal - # Flores da cinza

20:39 0
Contos eróticos de Natal - # Flores da cinza
D
evo ter-me atrasado. Não fiz bem as contas. É sempre o mesmo. E agora? Incomoda-me isto. Comprometi-me e agora, porra!!. Parece que esta coisa de ser-se feliz também incomoda. Como nos realizamos? O tempo perde-se como areia ..

Há duas horas que conduzo em direção ao Norte, o meu amigo disse-me uma coisa enigmática ao telefone, “só preenchemos a vida com pessoas boas, nem que seja para nos incomodarem, anda, mete-te ao caminho, caralho, estamos à tua espera, amigo contamos contigo”, é como se fosse sem destino, e esta chuva!!


Tinham passado mais de dez anos, o que vou encontrar? E porque disse ele aquilo? Não falámos muito mais, e ainda por cima ter esta coisa minha, este hábito de confrontar as perguntas e as respostas em mim mesmo, sem poder equilibrar com opiniões, com discordâncias, tudo se resolve em mim, do principio até ao fim, foda-se! Pensava que essa coisa de jovem, de sentido da vida, estava resolvida. Tinha-me até esquecido.

O tempo voou mesmo, com sentido nenhum, as contas foram todas mal feitas, foi medo, preocupações com problemas e obstáculos, foda-se, detesto obstáculos, detesto desvios, nada como linhas retas, como esta estrada escura, molhada e fria.

Entro numa área de serviço, tenho de meter combustível, ainda me faltam uns bons quilómetros até chegar a casa deles, foda-se!! que frio gelado, não se vê ninguém, quase me esqueço que é Natal, que coisa mais lúgubre de pessoas em redor de uma mesa.

Festejam o nascimento de uma pessoa, que já sabem porque morre, quando morre, como morre e principalmente o que se sofre.

Estaria ele sozinho naquele momento como eu estou aqui? Porque morrer não é necessariamente mau quando antes se sofre assim. E o mais ilógico, como as suas palavras se separaram da sua vida e adquiriram vida própria.

Estava uma mulher mais velha na caixa. Recebeu o meu pagamento e sorriu. Não sei se eu retribui, eu devo ter perdido o meu tempo a pensar nos seus sentimentos, que estávamos naquele momento nas mesmas condições de solidão, quando eu nunca percebi esse conceito e fui sempre mais prático, que tinham escolhido a empregada mais velha porque “precisava” menos do Natal e alguém teria de estar a trabalhar.

À saída da loja, caminhava para o carro, apertei a gola do sobretudo em redor do pescoço, ainda pensei nela e corrigi-me, fi-lo rapidamente, hoje pareceu-me necessário, habitualmente não ligo a ninguém, tenho a dificuldade de compreender que há pessoas no mundo.

A minha cabeça apagou-lhe as rugas da cara e debaixo daquela capa do tempo, dos registos da vida, entrei mais profundo, uns segundos gastos, mas que mulher bonita!! noutra altura eu podia tê-la amado, em circunstâncias aleatórias, em que as pessoas se encontram por vezes, mesmo quando nada têm a ver umas com as outras.

E foi o suficiente, descobri que não era por ela ser velha, ou porque não precisava, ela era simplesmente generosa, e quando fui ainda mais fundo, pensei, talvez afinal fosse mesmo daquelas pessoas diferentes de mim e que têm tudo.

Sim, concordo, é generosa porque não precisa, e quem a ama terá apenas que a dispensar e partilhar neste dia, haverão muitos outros.

Fico parado no meu carro, pensando que para mim não há muitos outros, porque são raros. Já sei que não chegarei a tempo. Ainda estou a tempo de desistir, posso voltar para trás, tenho explicações, justificações, quanto a isso o meu engenho é ilimitado.

Agarro no telefone e uma humidade inunda-me os olhos, “não vou chegar a tempo, talvez para o ano”, do outro lado um silêncio, quando é longo demais é já ruido, “por favor, vem devagar, contamos contigo, o nosso programa és tu, esperamos se for preciso até de manhã, se não vieres não terá sentido termos-te ligado”.

Não sei se forcei o acelerador, antes disto tinha andado mais devagar com certeza, porque quando reparei estava à porta dele, agarrei no telefone, mandei a mensagem, “estou aqui”, abriu-me a porta uma mulher, demorei talvez uns segundos a reconhecê-la e antes de abrir a boca de surpresa o meu amigo de infância apareceu à porta com uma alegria rasgada, “entra, caralho”.

Sentaram-se no sofá a olhar para mim, em silêncio como se eu fosse motivo de análise que interessasse, se me faltava alguma coisa, se o meu eu resistente e incorrupto ainda ali existia, enfim se eu ainda podia ser a criança dantes, se era possível recordar e reviver, saíram-me umas palavras da boca, “casaste com ela?”.

Soltaram uma gargalhada uníssona, tão espontânea, tão reconhecida, arrancada da minha memória, mas sem deixar ferida, ela disse, “lembras-te?”, eu baixei os olhos, “se lembro, foste tu que, enfim ..”, eles sorriam, abanando a cabeça a dizer, diz, diz diz, mostrando pares de dentes brancos, “.. enfim ... perdi a virgindade contigo”.

O meu amigo deu uma gargalhada, “e também eu, caralho, que foda ...”, ela olhava para mim e foda-se!! regressou uma humidade aos meus olhos, e a mesma generosidade da velha, era igual, pensei eu, há bens que não permitem graduações, são como são.

Ela disse, “eu adorava como vocês me partilhavam ..tantas vezes ... eu sei que não é muito cristão”, o meu amigo olhou para mim, puxou-me pelo braços e pelos ombros, “anda vamos comer e beber, e foda-se!! meu amigo, há coisas que não mudam ... adoro esta puta”.

Eu mostrei os meus dentes e ri-me, “eu também ..gosto dela ”

Virgem não perde tempo

19:32 0
Virgem não perde tempo

Ý
Foi na nossa primeira reunião de condomínio que reparei neles, ela, uma mulher exuberante, excessivamente colorida, saia curta, saltos altos, cabelo arranjado, unhas polidas, enfim, demasiado corpo para tão pouca roupa, e ele, com o ar gasto, de roupa usada, de quem se multiplica, para sustentar aquela mulher.

Quando saímos da reunião eu perguntei ao meu marido, “reparaste nela?”, o meu marido sorriu contidamente e disse, “reparei mais nas mamas dela, nas coxas, no rabo, e não fui só eu, acho que todos os homens da reunião”, eu dei-lhe uma palmada na cabeça, “não brinques! Mas o que achaste dela?”.

Ele disse, “é uma mulher sexy, não nego que é uma mulher excitante, e veste-se sempre de duas maneiras, como se fosse para uma boîte ou fosse para o ginásio”, e eu insisti, “excitante como? Se pudesses, gostavas de a foder?”, o meu marido respondeu e riu, “se tu me deixasses? acho que sim, é uma mulher que dá tesão aos homens, coitado é do marido”.

Ao ouvir o meu marido, agradou-me aquela ideia de ele dizer que ela era uma mulher excitante e que dá tesão aos homens, e depois eu pensei, “porque não? porque sou eu tão retraída? Será que eu dou algum tesão aos homens?”

Pensando nela, nem era uma questão que tinha a ver com a roupa, ou melhor, com a falta dela, e de ela quase mostrar completamente várias partes do corpo, mas a forma livre, quase alegre, positiva, como se relacionava com as pessoas, como falava, como ria.

Lembrei-me ainda o quanto ela dava atenção a um homem em especial, com olhares cúmplices sempre que ela podia, e realmente um homem que pelo aspeto descuidado, não entendia porque a merecia, com um ar de motard malcheiroso, cheio de tatuagens por todo o lado, e que vivia com o pai naquele prédio.

Acabei por conhecê-la pessoalmente no ginásio, ao entardecer do dia encontrávamo-nos lá, ela trazia umas leggins apertadas, o rabo espetado apetecível, que os homens que por ali paravam, faziam tudo por apreciar ao vê-la passar.

Logo que tive oportunidade, um dia no regresso do ginásio para casa, eu perguntei-lhe qual era o segredo dela para ser uma mulher excitante que dá tesão aos homens, e não esperava ouvir da boca dela o que disse, “levar bastante no cu!!”.

E depois ela perguntou, “tu não gostas que o teu marido coma o teu cu?”, por momentos eu parei em silêncio, mas depois disse, “não, nunca pensámos nisso”, e depois ela prosseguiu, “e com outros homens, tens dado o cu?”, a mesma surpresa inicial mantinha-se, “bem, não, eu sou casada, não é muito habitual eu andar a dar o cu a outros homens”.

Eu dizia isto, mas ao mesmo tempo senti vergonha pela minha inexperiência, eu nunca tinha apanhado no cu, e quanto a isso, era virgem, ficando eu ainda mais desconfortável quando ela se riu, “eu também sou casada querida, e se eu esperasse pelo meu marido, eu estava fodida, eu todas as semanas levo no cu, é como se fizesse um desporto, compreendes?”.

Eu compreender não compreendia, mas a curiosidade ardia tanto em mim, que eu perguntei, “a sério? costumas foder com outros homens, e o teu marido?”, ela respondeu, “o meu marido é mais do tipo de fazer de conta que não vê, ele sabe bem que eu ando a foder, e desde que ando a levar no cu todas as semanas, a nossa vida foi uma revolução”.

E depois ela continuou, “eu andava sempre deprimida, roupas escuras como se fosse viúva, mas quando comecei a levar no cu, a minha personalidade mudou toda, e com ela a minha alegria, e foda-se!! também a do meu marido”.

Quando chegámos ao condomínio, eu reparei que ela se dirigia para outro andar, ela deve ter adivinhado os meus pensamentos, “vou a casa do Reinaldo, ele está à espera para comer o meu cu”, eu lembrei-me que Reinaldo era o motard, o que vivia no quarto andar com o pai, e depois ela prosseguiu, “já sabes, quando quiseres levar no cu, é só desceres um piso.”

Há noite quando estava na cama com o meu marido, eu enrolei-me nele e pedi para ele me dar uma foda, e com muito esforço fiz tudo o que podia, subi para cima dele e quando me estava a comer a cona, eu pedi novamente, “querido, amor, gostavas de comer o meu cuzinho, querido”.

Ele fez uma cara de surpresa, e perguntou, “mas porquê? querida, porquê isso agora? sabes que eu nunca gostei de andar nessas paragens”, mas eu insisti, “ai, querido, gostava tanto de experimentar, a minha nova amiga diz que adora levar no cu e que é tão bom”, o meu marido pareceu incomodado, “aquele marido dela anda a comer-lhe o cu? ou se calhar é noutro lado?”, eu não respondi amuada.


No dia seguinte, encontrei a minha amiga, ela caminhava alegre dentro de um vestido florido, e nem me deixou falar, “ai amiga, ontem o Reinaldo estava doido, eu tenho o cu todo fodido”, ela viu o meu olhar desapontado, e eu contei que tinha tentado que o meu marido me fodesse o cu, mas sem qualquer resultado.

Ela riu-se, “os maridos são assim, sofrem do mito que comer o cu das mulheres estraga o casamento, se queres muito levar no cu vai ao Reinaldo, amiga, eu arranjo-te uma marcação”, eu fervia em curiosidade, desejo, e ao mesmo tempo, de rejeição, de me sentir puta por enganar o meu marido.

Mas ela insistiu, “querida, não penses assim, o Reinaldo é só para foder o teu cu, dás-lhe um dinheirinho, uma espécie de part-time que ele tem para ele manter a mota a funcionar”, e eu perguntava, “mas e o meu marido?”, e ela dizia, “o teu marido vai gostar quando andares mais alegre a dar tesão aos outros homens”.

Eu estava praticamente convencida, a visão de me tornar numa mulher apetecível que todos os homens desejam foder era demasiado intensa, mas eu era virgem, nunca um homem tinha penetrado o meu ânus, e eu perguntei, “mas vai doer, amiga? tenho o cu muito apertado”, e ela respondeu, “amiga, vai doer ao princípio, mas o Reinaldo sabe tudo, ele percebe de óleos, quando o teu cuzinho estiver aberto vais adorar levar com o pau dele”.

Eu ainda disse, “mas se eu comprar um vibrador anal primeiro? Para experimentar”, ela respondeu, “amiga, o Reinaldo tem isso tudo, eu posso dizer-lhe que és virgem, e ele come o teu cu com mais cuidado, eu cá por mim querida, gosto dele à bruta”.

Eu nem queria acreditar que aceitara uma coisa daquelas, ela fez a marcação e à hora certa, desci do meu andar para o andar em baixo e bati à porta do Reinaldo, ele apareceu em tronco nu com uns calções de ganga por baixo, e a ideia que eu tinha dele, de um homem malcheiroso e desmazelado, desapareceu da minha cabeça como fumo.

O cheiro dele não tinha nada de sintético, apenas um cheiro a madeira e a terra, que me excitou os sentidos, a barba era de três dias, e o andar, o falar, era como se tivesse acordado há pouco tempo, e é então que eu ouço a voz, “vens para a marcação, a tua amiga falou-me de tudo, que é para eu ter cuidado a comer esse rabo”.

Eu não precisei de muito para me sentir totalmente à vontade, como se ali houvesse mesmo existência, gente viva, e o estranho é que não estando nos meus planos algum dia estar naquela situação, com um homem que daqui a alguns minutos ia papar o meu cu, o flash de realidade foi tão violento que despertaram os meus sentidos.

Pela primeira vez, em muitos anos, eu cheirava, tinha gosto, tateava espaços e corpos, via e ouvia como nunca, todos os meus sentidos se uniam num só propósito, levar no cu e estar ali, naquele espaço e durante um tempo, com um desconhecido.

Parecia-se com uma aventura, o sangue fluía energicamente nas minhas veias, o coração batia imparável no meu peito, as pernas tremiam e desabariam a qualquer momento, não fosse ele agarrar a minha cara entre as mãos, e dizer, “vejo que estás perdida, tens medo? eu vou dar-te algo mais”, depois abraçou-me, “acalma-te, é a primeira vez, eu sei”.

Passámos por um corredor, vi em relance um velho que fazia paciências num computador, e entrámos num quarto na penumbra, olhei para a decoração, se é que se podia chamar decoração a um amontoado de coisas de várias fases da vida de um homem, desde a adolescência à idade adulta, livros, discos, roupas, quadros, experiências e frustrações, eu pensei, “ele não cresceu, ou não cresci eu? posso voltar atrás?”.

Devo ter perdido a consciência de mim própria, na transição do meu julgamento e a suspensão para deliberações, porque a língua dele corria rápida no mais íntimo do meu ser, mergulhado entre as minhas pernas no meu vale molhado, sei que soltei um gemido que senti ainda inconveniente, “ai foda-se, humm, foda-se, ai, que não aguento, estou perdida”, os meus olhos fechados.

Eu não sei se me entregava a este homem, mas procurei nele o sexo, a minha mão pousou num caralho voluptuoso e duro, “ai foda-se, ai caralho, ai”, o meu corpo espraiou-se, diluindo-se na largueza da cama.

Ele deu-me a beber o pau, com o cheiro a madeira e terra, um gosto salgado, uma textura rugosa, casca de tronco de uma árvore velha, o som de uma música que girava, a minha língua lambeu-o, engoli-o na minha boca, pequenas gotas escorreram na minha garganta.

O meu corpo rodou sobre o dele, como se ele nele tocasse as cordas de uma viola, sem esforço, à vontade do tempo e do desejo, as minhas pernas abriram-se e senti entrar na minha cona o pau grosso e duro, ele sussurrou ao meu ouvido, “és tão perfeita, és tão apertada, adoro, quero partir-te toda, quero que te lembres de mim”.

Sentia as ancas dele a moverem-se sobre mim, apertei-lhe o tronco nas minhas pernas, e se o meu corpo era carne transformara-se em nuvens porque era aí que eu estava, pousada, a ser penetrada por um lobo, uma fera, um animal carnívoro, “ai humm, ai estou completamente louca, ai”, a voz dele, “vou-te comer o cuzinho agora, estás preparada mulher?”.

As mãos dele já me tinham percorrido cada milímetro do corpo, as minhas nádegas, o meu ânus, o que era em mim sólido ou liquido tinha perdido a sua natureza, ele virou-me, e senti alguma coisa que sabia por conhecimento, era a cabeça do caralho dele a querer entrar no meu cu, a bater à porta, a fazer força, ele disse, “pronto, querida, não custou nada, vou partir-te esse cuzinho todo”.

Senti-o agarrar as minhas nádegas, a abraçar-me com as pernas, e soltei um grito, “ai que loucura, meu cu, ai, foda-se, ai fode-me o cu todo, querido, ai”, na penumbra daquele quarto, ele como um gigante preso a uma rocha, o meu corpo enrolado, o meu rabo empinado, ele entrava e saia, como ondas que vinham e batiam, o meu ânus tenso naquele pau, sentia-me molhada, e sabia que me estava a vir, “ai hum, que me perco toda contigo”, a vir pela terceira ou quarta vez.

Mais tarde, subi para o andar de cima, para a minha casa, e pensava, “estou perdida”, e eu ouço o meu marido a rir, “então querida ainda andas com aquelas ideias de levar no cu?”, eu sorri, desloquei-me para o meu quarto, abri o guarda-roupa, e pensei, “um mar de cinza, preciso tanto de alegria e de ser desejada, de dar tesão aos homens”.

No dia seguinte encontrei a minha amiga, ela riu-se, “amor, pareces a minha irmã gémea, que tesão de mulher, vamos ao ginásio?”, e eu pensei, “e mais tarde ao Reinaldo”.

Colar mágico

20:38 0
Colar mágico


Estou há horas sentado na poltrona da minha loja, quando a vejo entrar e começar a andar pelos corredores da caverna de Aladino que eu venho enchendo de coisas antigas e belas ao longo das últimas décadas.


Já a conheço e sei o que vem fazer!

Não é a primeira vez que ela entra na minha loja de coisas únicas, há quem lhes chame antiguidades, para roubar alguma que lhe agrade.

Entrar alguém na minha loja é sempre um acontecimento, sinceramente não espero que alguém entre, e a maioria das vezes nem quero que isso aconteça, prefiro ficar sozinho e não vender nada.

Já basta ter que ver todos os dias os intestinos do mundo por uma lupa. Tanta merda!! E sinceramente não a quero dentro da minha loja.

Mas se vender, só a quem verdadeiramente aprecie, que saiba o que paga, entenda que o dinheiro não é lucro, recebe-se moeda em troca do desapossamento da beleza, foi-se dela guardião e protetor por muito tempo, e é essa perda o maior sacrifício.

Como dizia, ela só rouba, com um corpo de malte esguio rápido nervoso, comandado por uns olhos negros profundos inteligentes, um todo espírito quase egípcio, pelas suas escolhas, a roupa, as tranças no cabelo, o andar desmazelado, o tom enternecedor da voz, e o sorriso lúcido.

Da primeira vez, ela roubou uma pequena estatueta, de pouco valor monetário, mas de uma enorme gratidão, de um velho em pé em cima de uma rocha olhando o horizonte, não amada quando a vi, e que encontrei, ou me encontrou ela, numa das minhas viagens pelos cantos do mundo.

Agradou-me profundamente que ela roubasse aquela peça, agradou-me a escolha, tenho objetos muito mais valiosos na minha loja, alguns ainda do tempo dos meus pais, também eles protetores das coisas únicas, e aquela valia pela compreensão, minha compreensão, de que aquela jovem ladra sentia a beleza como eu.

É tão difícil encontrar alguém igual.

E se não era para vender, que utilidade daria aquela jovem mulher acobreada a uma estatueta de bronze de palmo e meio de um velho em pé em cima de uma rocha olhando o horizonte que não fosse apenas para a ter nos seus aposentos íntimos para a admirar, para a fazer sonhar, pensaria ela em mim, nos meus cabelos brancos?

Agora ela está novamente na minha loja, com o mesmo sentido de ser, a mesma leveza de uma gata, eu conheço-lhe os passos, em busca de algo que a desperte, que tenha significado, que justifique o seu ato.

E a minha curiosidade é imensa, quase febril, o que roubará ela desta vez? De entre tantas coisas únicas, qual será aquela que ela achará como mais única ainda para ela? A que merece mais ser possuída?

Eu vejo-a caminhar agora lenta, tocando cada objeto com a palma da mão, com uma caricia acompanhada de uma lágrima, parando e depois avançando pelo corredor, os olhos negros intemporais, subindo e descendo pelas prateleiras, como os de uma deusa que procura o que lhe pertence e é seu por direito.

Ela parou, eu sinto-lhe a transpiração, duas pérolas que brilham na testa de cobre, as batidas do coração sinto-as também, num ritmo crescente que se juntam às minhas, somos animais, sangue, deuses, pó suspenso no ar em cortina de sol, e sós, sob a flagelante vibração de um piano silencioso.

As mãos pousaram finalmente num colar, um metal antigo sem a presunção de se confundir com ouro, pedras de lápis lazúli encastradas num desenho enigmático, que pode ser mapa de um tesouro, chave de portal de um mundo paralelo, mecanismo de transporte para outro tempo.

E ela agarrou-o, o colar enrolou-se-lhe na mão como o braço de uma planta exigindo unir-se ao mineral e à carne, entranhando-se nela e fazendo parte dela, do seu corpo, um objeto inanimado que ganha vida e desperta com o encontro, há tanto tempo que te esperava.

Eu percebi nela um sorriso acanhado, passou por mim com os olhos em baixo, podia ter saído por outro lado, com um sentimento de culpa, e quando se distanciava, numa voz rasteira como o vento no deserto, eu disse, “acho que tu levas aí contigo uma coisa que me pertence”.

Ela podia ter fugido, e certamente eu não corria atrás dela, se não fosse para lhe dizer que voltasse sempre, mas ela retrocedeu e tirou o colar de um bolso, de um vestido liso que lhe caia em ondas pelo corpo, “peço desculpa, não resisti, é como se tivesse sido feito para mim”.

Eu sorri, “acho que tens razão, eu sinto o mesmo, é como se o colar tivesse um espírito preso nele que chama por ti, pelo teu corpo, nunca o ouviste?”, foi um reflexo, eu olhei-lhe para as mamas e nelas vi vincados os mamilos rijos, dois pontos salientes e negros, pobre de mim que pensei, apenas duas peles, uma de tecido e outra de seda, não tem nada por baixo.

Acho que ela entendeu, a minha vergonha instantânea, daquele olhar inusitado, afastou-se de onde eu estava, a pedir que a mirasse de alto a baixo, e ela disse a sorrir, “acho que sim, quando olhei para o seu colar ele chamou-me”, e eu continuei, “como a estatueta de um velho em pé em cima de uma rocha olhando o horizonte que tu levaste?”.

O silêncio foi rápido e logo preenchido, “essa apenas quis compreender a beleza! tenho-a no meu quarto, observo-a todos os dias, mas ainda não a compreendi, e talvez nunca consiga, quero muito devolvê-la, está na minha memória, talvez um dia”, e eu perguntei, “e o colar?”.

Ela olhou para mim profundamente como se tentasse perceber a minha pergunta, e eu continuei, “no antigo Egipto, as sacerdotisas ofereciam-se nuas aos deuses, apenas com esse colar no corpo, se o puseres saberás mesmo se ele se molda a ti e te pertence, porque senão não és tu a quem ele quer”.

Não sei se ela sorriu, condescendente pelos meus cabelos brancos, se pela experiência carnal de se mostrar nua com o colar, mas eu ouço-a dizer, “gostava muito de o pôr, se quiser e me deixar”, e fez um gesto único, levou os dois dedos às alças do vestido e deixou-o cair sozinho a escorregar pelo corpo.

O tom acobreado que a cobria, os seios tesos presentados por mamilos em cima, o ventre liso em curvas feitas de dunas de deserto, e um oásis de pelos negros e lustrosos no meio, que me tirou a respiração e me fez pedir, “aproxima-te minha deusa, deixa que eu ponha o colar no teu pescoço”.

Ela rodou, e o que era belo à frente, era ainda mais belo por trás, as nádegas redondas unidas a um risco simétrico, ela levantou os cabelos docemente, eu pousei o colar no pescoço, e ele moldou-se às formas como um coral vivo a agarrar-se á rocha, e quando se voltou para mim, não aguentei e disse, “realmente, os deuses chamam por ti, eu também os ouço, és linda”.

Quando lhe pedi que se vestisse e levasse o colar com ela, ela disse, “não, guarde o colar por mim, quando eu quiser que os seus deuses me chamem, eu volto aqui”, e saiu, já não a vi, apenas ouvi o sino na porta a bater.

Sol sal e uma cabana

16:22 0
Sol sal e uma cabana

O calor e o sol não perdoavam, neste dia em que eu e o meu marido passámos nesta praia deserta com a S. e o F. a curar as tequilas que uma velha viúva estrangeira nos servira no seu bar de amontoados de madeiras que ela persistia em manter.

De quase meia em meia hora corríamos para o mar, com os nossos corpos nus, a gozar de uma liberdade gratuita, coisa rara nestes dias, porque só apreciada por aqueles com atenção.

Alguns dos nossos segredos, ou melhor dos meus, tinham sido desvendados aos olhos do meu marido, a S. e o F. era um casal de namorados, e eu, no dia de hoje, tinha-lhe contado que uns anos antes, naquela praia deserta, eu passara umas férias com eles, e que num desafio de jovens, o F. tinha-me fodido.


Que fora a S., namorada dele e hoje mulher, que me desafiara a ser fodida pelo F., estava eu a contar tudo isso ao meu marido, e que o F. naquele cenário idílico, com a S. a ver e eu a desejar, tinha-me comido o cu.

Na vontade deles, na minha e do meu marido, ficou então acertado um novo desafio em que, para compensar o meu marido, ele ia foder a S., e mais uma vez, pela sua iniciativa, fora ela que insistira que isso acontecesse.

Mas a preocupação do meu marido parecia ser outra, no mais profundo da sua mente persistia a dúvida se eu tinha contado tudo, e naquele momento em que a nossa pele secava com sal do mar, ele aproximou-se do meu ouvido na toalha e perguntou, “ele só te fodeu mesmo o cu? parece pouco”.

E depois ele continuou, “estiveram aqui quanto tempo?”, eu respondi, “dez dias, querido, tens de compreender, éramos nós as duas e ele”, e o meu marido prosseguiu, “ele e aquele pau grande, doeu-te quando ele comeu o teu cu?”, eu respondi, “um bocadinho, querido”.

A nossa conversa era tranquila, não era difícil perceber que o meu marido estava excitado com a visão do F., ali naquela praia, a enterrar aquele caralho no meu cu, com a S. a assistir ao namorado em cima de mim a martelar o meu cuzinho e eu a gemer de dor e prazer ao mesmo tempo.

Ele voltou a aproximar-se do meu pescoço e do meu ouvido, “chupaste o caralho dele?”, eu olhei para ele e ainda pensei para mim se deveria mentir, mas respondi, “amor, dez dias!! sozinhos!! sem nada mais para fazer que não fosse foder!! sim querido, chupei eu, chupou a S., e chupámos as duas”, ele contorceu as pernas e vi que o meu marido tinha o caralho teso, e continuei, “vais gostar de foder a S. e não te intimides, ela diz que até gosta de caralhos um pouco mais pequenos”

Eu reparei que ele olhou para o corpo da S., esplêndido e belo, que dormitava na areia, “não sei querida, vocês parecem-me tão livres, tão anos 60”, e depois ele riu-se, “acho que vou ter de beber muita tequila”, e depois ele prosseguiu, “ele comeu também a tua coninha? E o cuzinho, mais vezes?”.

Eu respondi, “amor, era aqui, na cabana do pai dele, numa carrinha velha que a S. tinha, não te posso dizer se foram 10, 20, 30, sei é que foram muitas, havia dias em que achava que o caralho dele nem saia da minha cona”, a cara do meu marido não mostrava grande surpresa, os dois olhámos para o caralho do F. deitado em descanso como um animal a aguardar alimento.

A S. rodou o corpo na toalha e mirou-me e ao caralho teso do meu marido, e com uns olhos sorridentes de malicia e desejo, que fez o meu marido perguntar, “e com ela?”, eu perguntei de novo, “se eu e ela tivemos sexo? querido, até o F. se cansa”, e depois ri-me, “nós não!!”.

Eu sussurrei, “acho que S. está à espera, não queres que ela te chupe o pau agora? eu peço”, ele encolheu os ombros, ainda com a visão do F. a foder-me o cu, eu fiz um sinal e a S. levantou-se correu para o mar e quando regressou fresca e molhada, deitou-se entre mim e o meu marido.

Ela olhou para ele e para mim, a sorrir do desconforto dele, agarrou no caralho do meu marido, ele deu um pequeno salto de frio, “ufff, foda-se! tens a mão fria”, ela abanou o pau para os lados, a tomar o peso e o balanço, e depois disse, “querida, posso chupar o lilypop do teu marido?”, nós rimos juntas, “podes, querida, mas dá-lhe tudo”, a boca dela engoliu a ameixa e deu um chupão com ruido.

O meu marido tremeu as pernas, “humm foda-se humm”, ela continuou e lambia os lábios, “tão bom, eu gosto deles assim, o do F. é muito grande”, ela continuou a chupar, “a tua mulher é que gosta deles bem grandes”, eu sorri a dizer, “mentira, puta, tu também gostas”, eu via a boca dela a engolir o caralho do meu marido, a subir e a descer por ele até acima, eu virei-me para ele, “estás a gostar, amor”, ele tinha a respiração pesada, “sim amor foda-se a tua amiga é um tesão”.

As palavras do meu marido pareceram deixá-la ainda mais excitada, ela subiu para cima dele, procurou depois a minha boca, depois de me dar um beijo disse, “vou comer o teu marido”, e ela riu-se, “não vai sobrar nada para a noite”.

A noite para nós significava a cabana, e isso era mais que certo, o F. estava a guardar-se para nos foder as duas, o meu marido ficaria a ver, a mulher dele a levar com um pau grosso, e nós tínhamos que o preparar.

Ela procurou o caralho dele com a mão e enterrou-o na cona, ele deu um gemido suspeito, e as mãos dele percorreram-lhe o corpo, as nádegas, o tronco, os braços e as costas, como um cego a tateá-la, a compreender o que o rodeava, ela começou a descer nele, sempre a acelerar e a gemer, “come-te toda, chama-me puta, enterra-me esse pau todo”.

O meu marido estava no limite, já muito aguentara, quando o F. se voltou na toalha, o meu marido estremeceu, olharam-se os dois um para o outro, e o meu marido gemeu, “foda-se que me estou a vir”, eu quase me ri do tom de voz dele, parecia que estava a pedir, "desculpa, por estar a comer a tua mulher".


Punheta solidária

18:25 0
Punheta solidária

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Quando eu era adolescente eu ouvia a minha mãe dizer que ela tinha dito que já se tinha conformado com o que Deus escolhera para a vida dela, ficara viúva muito cedo, e numa aldeia pequena, em que as pessoas falavam, ela nunca mais arranjara outro marido.

Para a minha mãe era estranho que ela não quisesse viver outra vida, e não apenas aquela existência solitária, e então ela que tinha sido professora, mas, dizia a minha mãe, ela era tão devota e tão religiosa, que ela só aceitava ter sido mulher de um só homem, o falecido.

Nós só íamos à antiga aldeia nas férias, e era nessa altura que eu ouvia a minha mãe a dizer, “mas não gostavas de ter outro homem? tu és ainda jovem”, e ela perguntava, “para quê?”, e a minha mãe respondia, “para te foder a cona, ora, para te dar prazer!!”, e ela continuava, “sabes bem que eu casei virgem, o meu marido foi o único homem que me fodeu”.

Nessa altura, como eu estava de férias e os amigos por ali eram poucos, eu costumava ir para uma espécie de pomar, um lugar fresco para fugir ao calor do verão, onde ela tinha um enorme tanque de rega, e eu deitava-me ali, às vezes sozinho, outras vezes com um amigo, a tomarmos banho.

Ela gostava de nos ver na propriedade dela, ali deitados ao sol, semi-nus, apenas com uns calções de banho, como pequenas morsas a dar mergulhos, e ela aproximava-se e perguntava, “então meninos a água está boa?”, nós riamos, e olhávamos muito para o corpo dela.

Com a viuvez, o tempo parecia ter parado nela, o corpo dela era delineado e perfeito de uma mulher seca e esculpida às mãos de um artista, mas com a humidade terna de uma mãe. Seria por ter sido professora?

Um dia, estávamos eu e ela sozinhos junto ao tanque, ela agachou-se perto de mim, e quanto se abaixou, agarrou na saia para a manter fechada, mas eu consegui ver as pernas nuas, dos joelhos até ao centro, e ela percebeu, que o meu pénis ficou rijo, bem formado nos calções.

Eu costumava falar com o meu amigo sobre ela, o meu amigo costumava perguntar, “achas que se pedíssemos ela dava-nos a cona?”, eu dizia, “humm, ela é mais velha que nós”, e ele continuava, “sim, mas eu acho que ela gosta de caralho e gosta de nos ver quase nus”, e depois ele prosseguia, “ela é boa, belas mamas, ela está enferrujada, ela quer foder”.

Eu e o meu amigo terminávamos sempre estas conversas os dois juntos a bater uma punheta, até que um dia foi isso mesmo que aconteceu.

Estava muito calor, o sol estava no pico e muito violento, e eu dei um mergulho no tanque, e naquele momento apeteceu-me ficar nu e nadar um pouco, e quando saí para fora, eu sentei-me à sombra num lugar mais fresco.

Eu fui passando as mãos pelo meu corpo e pelo meu pénis, a acariciá-lo aos poucos, e com a visão dela, nua na minha cabeça, a chupar o meu caralho, a foder-lhe bem a cona, eu comecei a bater uma punheta, eu puxava a pele do prepúcio para trás com força, com o meu pau rijo bem preso na mão, e por momentos, eu sei, eu fechei os olhos.

Quando abri os olhos de novo, a bater no meu pau teso, eu tinha as pernas retesadas, os meus lábios e a boca aberta quase a vir-me, quando eu a vi, ela estava em pé junto a uma árvore, e ela olhava para mim a bater a punheta, todo o meu corpo tremeu, e jatos de leite saíram do meu caralho.

Voltei a olhar e ela continuava no mesmo sítio, eu pensei se ficava parado, se me devia vestir, se dar um mergulho, e a minha mãe? na casa do lado, se a minha mãe soubesse que bati uma punheta quando a amiga assistia? e ela? o que faria? estava zangada comigo? e o meu caralho? continuava teso.

Aquele momento estava carregado de tensão e impasse, eu era um adolescente cheio de hormonas e inexperiência, ela era uma mulher mais velha, pouco mais que virgem, presa nos costumes e nos rituais da igreja, que só um desejo mais forte os venceria.

Os nossos olhos encontraram-se e aí eu levantei-me, quase que corri para o tanque, tão nu como dele antes tinha saído e mergulhei, dentro de água todo o meu corpo tremeu do fresco refrescante, e quase rezava pecador que ela se fosse embora.

Quando eu emergi nas águas turvas de um verde de natureza que tudo supera, ela estava ali à minha espera, de cócoras à beira do tanque, quase a pedir para eu ver a sua intimidade, “não devias andar nu aqui, alguém pode ver e depois o que eles vão pensar”, eu baixei os olhos cabisbaixo, “peço desculpa”, e eu saí a correr, o meu caralho ainda rijo, fui buscar a roupa e desapareci.

Nos dois ou três anos seguintes nunca mais lá voltei, apesar de continuar a bater punhetas a pensar nela e na visão dela a ver-me nu a bater uma punheta no pomar junto ao tanque de água fresca.

Até hoje!! em que regressei para a festa de casamento daquele meu amigo, em que encontrei tudo na mesma, por ali, o tempo continuava parado, e se alguém se sentia mais velho, quanto a isso era só eu.

Fazia tanto calor como aquele de que me lembrava, e numa terra de muito frio no inverno, no verão era o contrário e o que se esperava, e lá ao fundo do jardim, enquanto os noivos se dividiam pelos convidados, ela lá estava, a senhora professora, amiga da minha mãe, vizinha do lado, dona do pomar e do tanque, por quem eu ainda batia muitas punhetas.

Estranho sentimento o meu, que anos passados ainda me sentia envergonhado de ela estar escondida na árvore, a ver-me nu com o caralho, teso e nervoso na mão, a bater uma punheta.

Ela viu-me e sorriu, e por isso senti uma necessidade quase urgente de eu me aproximar e cumprimentá-la, e enquanto caminhava na direção dela, o sentimento de vergonha foi desaparecendo, destruído pela força do desejo e dos sentidos, ela continuava uma mulher linda, que eu pensei, “gostava tanto de a foder, não vou bater punhetas por ela o resto da minha vida”.

Eu dobrei-me e dei-lhe um beijo na face, e aí, a minha face corou, foi instantâneo, uma vibração, um flash rápido, senti-me um dos seus antigos alunos, até que depois eu disse, “tenho saudades do seu pomar e do seu tanque”, e ela respondeu, “eu também tenho, e daquele nosso dia”.

O momento de tensão e impasse regressara, estava ali agora connosco, no meio daquele jardim, daquele sol, e daquelas pessoas sorridentes, o cheiro dela, a pureza, a rosas, e a essências nobres, a abraçar-se ao meu, a carne, a nervos, e a fantasias terrenas, quando ela disse, “o meu pomar e o meu tanque são teus, é só quereres mergulhar”.

Tenho a certeza que ninguém reparou em nós quando saímos daquele lugar tão cansativo, desconcertante e alegre como são normalmente os casamentos, mais à frente eu e ela caminhávamos entre árvores de fruto para chegarmos ao tanque, ela ia à minha frente num vestido branco, ocorreu-me que ela o trocara pelo preto, e o rabo numas cuecas de renda.

E lá estava ele, o tanque! a água esverdeada turva como uma espécie de caldo espesso onde se escondem os segredos!! a mesma árvore, a mesma sombra, onde eu batera uma punheta!!, e quase a emergir de um sonho, da visão do meu caralho na mão, da minha porra a sair e dela a ver, até que eu ouço a voz dela a rir, “então estou á espera”.

Porra!! quando fala assim, o som da sua voz, a leveza do sorriso, regressa o adolescente, o medo de falhar, o medo de não saber, mesmo agora muito mais velho, que disse quase a gaguejar, “acho que me vou despir, sabes que não trouxe calções”.

Eu tirei a roupa, o que foi em segundos, a mim pareceu mais tempo, e corri e saltei para o tanque, eu parecia uma criança, ela estendeu uma espécie de manto no chão de erva fresca, de uma forma tão discreta, adorável e feminina, que me deu tesão, um tesão divino e caprichoso.

Eu sentia-me ali no meio da natureza, naquele ruido de pássaros, de folhagens batidas pelo vento, nascentes que borbulham em continuo, que nos tínhamos escondido dos deuses, para fazermos alguma travessura.

Mergulhado na água, eu olhei para ela em silêncio, quando volto a ouvir a sua voz hipnótica, que tudo faz esquecer à nossa volta, “fazias sexo comigo? não amor, só sexo”, o meu caralho tremeu, se antes ele tremeu de tesão por aquela visão romântica de perfeição e pecado genuíno, agora tremia por inferno e desejo de a foder ali, de lhe comer a cona, de ela me chupar no caralho.

Eu disse, “tu és uma bela mulher, qualquer homem adoraria fazer sexo contigo, e eu também”, e ela prosseguiu, “sabes só fiz sexo com o meu marido, para ti é como se eu fosse virgem”, eu saí da água e deitei-me ao pé dela, ela olhou para o meu caralho teso e acho que se sentiu assustada, e eu pedi, “tira a roupa, agora é a tua vez”.

Ela pestanejou e em silêncio como se respeitasse uma ordem dada, ia tirando peça a peça, o vestido, o soutien, as cuecas, e a visão que eu tive de uma pele branca, mais um rosa fresco, e os lábios da cona, ela gentilmente abriu as pernas, para eu pousar os meus dedos, e eu dar a ela um beijo na boca.

Eu queria que ele me chupasse o caralho, mas eu sabia e tinha aprendido cedo, nem sempre se pode querer tudo, posso ser jovem, mas não sou estúpido, tinha de ir devagar, deitei-me gentilmente sobre ela, rocei o meu caralho na cona, a soltar de si o húmido de lá de dentro, abriu-se uma cascata liquida, e o meu pau entrou todo até ao fundo.

Da boca dela saiu um gemido, “aihmm, que saudades, huum aimm, senti tanta falta”.

Contos eróticos de Natal – Pobres mais do que o normal

17:05 0
Contos eróticos de Natal – Pobres mais do que o normal

São horas de sair e ir para casa. Por hoje chega de trabalho. Devo ser uma dessas pessoas que tem o privilégio de ter o trabalho perto de casa, são só quatrocentos metros a caminhar por uma rua plana e tranquila e chego ao lugar onde me escondo. 

Hoje que penso nisso, o caminho que faço é o mesmo desde há cinco anos, dia após dia, sempre em silêncio, porque é de silêncio que tem sido a minha vida, já mal me relaciono com humanos. 

De seres vivos, só o meu gato, e, lembro-me agora, a voz de um sem-abrigo, por quem passo todos os dias, um individuo mal-educado, feito de trapos, cabelo, e dois olhos negros, costumo dar-lhe uma moeda de um euro e, quando percorro alguns metros, o troco que dele recebo é um grito: “sua puta”. 

Já não me surpreende, eu insisto em dar a moeda, e segundos depois ele chama-me puta, mas penso eu, os pobres são mal-agradecidos, mas este, porra, ainda me dá humanidade, coisa que se não fosse ele e o meu gato, eu já me tinha esquecido. 

Nunca mais recebi um contato da minha família ou de ninguém, histórias do passado, mas reconheço, também não tenho ligado, e não sei, estou naquele pico, ou, quem sabe? naquele fundo, em que se perdem todos os vínculos, ora com quem conhecíamos, ora com quem conhecemos, e estamos sozinhos. 

Mas eu estou mais sozinha que os outros, mais do que aquele sem abrigo, eu bem o vejo da minha varanda, lá em baixo abrigado na cobertura, não tem o respeito de quem passa, pelo exemplo que mete medo, mas que por isso é sentido, há um desespero que ninguém quer, que fere os olhos e o pensamento. 

A mim ninguém sente, o mundo é um fantasma, uma névoa que tolda, por isso a minha relação com o sem-abrigo, é mais forte do que nunca, que prazer eu tenho por dar-lhe dinheiro, só para ele me chamar puta. 

Este já não é pobre porque não tem nada, nem há ninguém que precise dele, porque a ninguém ele faz falta, um inútil que se arrasta pelo mundo, pior que um pobre de que precisamos, se não fossem os pobres como fazíamos? então hoje que penso nisso, os pobres fazem falta!!, senão como vivíamos? Quem nos lavava a roupa? Ou nos apanhava o lixo? O que é mau mesmo, é os pobres deste mundo, serem mais pobres do que o normal. 

Mas este inútil sem-abrigo, que já não é pobre nem normal, para mim ainda tem préstimo, eu dou-lhe dinheiro para saber que existo, que tenho corpo, pernas e sangue, pensei hoje nisto, eu ainda tenho que lhe dar mais dinheiro, sei lá? talvez ele me chame qualquer coisa mais do que puta. 

Há uns dias, eu resolvi dar cinco euros, eu lembro bem que dei alguns passos, estava ele sentado no seu canto, quando ouço aquela voz profunda: “foda-se!! que belas pernas”. 

Ainda não sei o que preferia, se ter umas belas pernas ou ser puta, estava indecisa de dar mais dinheiro, a curiosidade que me roía, aumentei então o preço, coloquei no chão uma nota de dez euros, e depois de alguns metros, soou a trombeta do homem: “caralho!! que belo cu”. 

Toda a mulher sofre do mesmo mal, saber se para os homens é tudo igual, mesmo sendo um sem-abrigo que não interessa, eu precisava saber, eu precisava saber, se só a mim ele tratava mal. 

Da minha varanda onde o observava, eu fiz a estranha descoberta, muito amarga porque sou discreta, será essa a razão porque me escondo, das pessoas e de tudo o que comprometa, o diabo do sem-abrigo, só a mim chamava puta, e só a mim dizia, que tinha um belo cu e umas belas pernas. 

Muitas mulheres belas passavam por ele, elas davam-lhe dinheiro, mas ele nem as via, que vergonha a minha deviam elas pensar, só de um sem abrigo sem préstimo eu recebo elogios, uma pulsão nervosa atingia-me as fibras do meu corpo, seria um jogo daquele homem? Jogar e brincar com os meus sentidos? 

Se eu tinha tido alguma curiosidade, agora ela era em mim febril, pensava eu, o que diria ele se eu desse mais dinheiro, primeiro eu era puta, depois eu tinha umas boas pernas e um bom cu, o que teria eu agora? Se eu desse ainda mais dinheiro? 

O tempo passou, eu fui metendo ainda mais fichas no jogo, eu dei então tudo o que podia, aproximei-me do canto dele, onde deixei cinquenta euros, agachei-me com respeito, só pensei depois, ele deve ter visto as minhas cuecas, que não esperou e sussurrou bem perto: “adoro a senhora, deve ser louca a foder, eu comia-lhe essa cona toda”. 

Quando ele disse aquilo, porra!! que para mim foi um choque terrível, eu levantei-me a correr, arranjei a saia que tinha descaído, e sempre em passo acelerado, fui para casa a voar. 

Voltei para a minha varanda, eu tive que beber um chá calmante, dei festas no meu gato a precisar, mais eu do que o bicho precisamente, a minha respiração estava ofegante, aquela nota de cinquenta euros era o culminar, o que diabo ele diria por mais dinheiro? se ele já me fodia a cona toda por aquele preço. 

Deveria eu fugir daquele sitio? Escolher outro caminho? mas se ele era a minha humanidade? Sem aquele miserável tudo perdia sentido, a única utilidade dele era ser inútil para os outros, dizer ele “bom dia” ou chamar-me “puta”, começava a ser o que eu mais queria. 

Eu resolvi então passar mais vezes, da primeira vez deixei um euro, e logo depois ouvi a grosseria “puta, já não te fodo a cona toda”, no dia seguinte, foram cinco euros, e ouvi “és tão boa, que belo cu”, as outras mulheres ouviam e abriam a boca, mas que escândalo era o sem-abrigo, havia ali alguma inveja? 

Amanhã é Natal, e eu estou aqui no meu gabinete, de manhã atendi alguns clientes, desses formais a quem ligo o necessário, sorte a minha que só a mim dei presentes, mas não me esqueci corri ao banco, levantei cinquenta euros para o sem-abrigo, quando passar quero ouvir aquilo, porque espero desde que me levantei. 

Hoje eu vesti uma saia curta, logo à noite quando me aconchegar no gato, no calor da minha casa e lareira, eu quero sorrir com aquela frase, de um homem rude com barba de urso, enrolei a nota na minha mão e sai para a rua fria e gelada, a andar os quatrocentos metros até casa. 

Eu parei junto dele e vi que o sitio estava repleto, muita gente fazia compras de comida, pensei eu naquele momento, para quê? se a festa é sobre alguém que nasceu pobre, numa manjedoura de palha ao lado de uma vaca e uma ovelha.

Ninguém o via sem ser eu, baixei-me perto do sem-abrigo, e disse num som baixo, num sussurro intimo de quem entende, “tome a nota, eu também me sinto uma sem-abrigo, e ah, não precisa de me vir à cona”. 

Quando me ia a levantar, a mão dele puxou-me o braço, e ouço a voz rouca do frio, “você é tão bonita, mas só eu vejo”. 

Eu sorri e voltei ao meu caminho de rotina, não sei se estava frustrada, teria eu preferido “fodo-te a cona toda?”, não era mais violento ainda dizer ele que eu era bonita? choraria logo à noite e sentir-me-ia ferida, é que dizer que me ia à cona, isso afastava, mas aquilo? unia? 

Eu afagava o pelo do meu gato quando as gotas de chuva fustigavam as minhas janelas, de dentro de casa o calor embaciava os vidros, de cá de cima do alto da minha casa, eu olhei para a cobertura lá em baixo e ele lá estava, aninhado em si próprio e na sua miséria, assim tão perto de pessoas que festejavam. 

Uma espécie de decisão passou-me nos olhos, daquelas que escolhi não ter há muitos anos, eu vesti a gabardine e corri pelo meio da chuva, “vem comigo”, disse, que estranho ele responder “não estou bem aqui onde não incomodo”, quase o arrastei para minha casa. 

Eu olhei para a bola de pelo enrugada em causa, um homem escondido na barba e na roupa velha, um espectro de ser humano na minha sala à minha frente em pé, pensei eu, a minha vontade de pessoa útil queria limpá-lo, fazer dele uma pessoa pobre normal, mas que frenesim e direito tenho eu. 

Eu perguntei, “não sei o seu nome? o meu é Alice”, ele respondeu “o meu é Lucas”, e continuei, “se o Lucas quiser tomar banho, aquecer um pouco, tenho aí roupa do meu antigo marido, faz como tu quiseres, ah, e não precisamos de foder, hoje fazemos só companhia um ao outro”. 

Ele sorriu, e ali ao junto de mim na minha sala, largou a roupa velha que tinha, toda até ficar nu, num corpo marcado como o meu, de indiferença voluntária ou não, e perguntou “onde é o duche? talvez a Alice mude, entretanto, de vontade, lá por ser Natal, eu fodia a tua cona toda”. 

E eu que queria dar-lhe banho, untá-lo com um óleo que comprei de propósito, beijar-lhe as feridas da vida, mas que diabo que é isto de ser mulher?

Contos eróticos de Natal - há esperança

17:59 0
Contos eróticos de Natal - há esperança
Esta história que vos conto não teria qualquer interesse se não fosse uma coisa diferente.

Não estava à espera que os meus pais defendessem a Jussara na última reunião de condomínio do nosso prédio. Havia lá uns quantos, é verdade, mais as mulheres, que diziam que a Jussara era uma prostituta e que recebia homens em casa para fazer dinheiro, e por isso tinha de ir embora do prédio. 


Acho que toda a gente sabia disso há muito tempo, mas o verniz estalou foi quando alguns dos homens do prédio se metiam com ela no elevador e as mulheres deles não gostavam. 

Isto era o que essas mulheres sabiam, porque depois acabei eu por saber que a coisa era mais do que isso, alguns deles saiam de casa, diziam que iam ao café comprar qualquer coisa, e sorrateiros, iam ao andar cá de baixo, até que a Jussara começou a dizer que havia ali um “conflito de interesses” e o melhor mesmo era procurarem cona noutro lado. 

Só eu é que tinha ainda direito!!

A casa de Jussara que nós sabíamos que ela tinha comprado, falavam os meus pais ao principio, bastante baixo para eu não ouvir, que a ela lhe tinha custado a ganhar com os broches e fodas que dava, mas diziam eles também, o que tínhamos nós a ver com isso. 

Cá de cima da janela do meu quarto, eu costumava vê-la lá em baixo, num pequeno pátio que tinha, no verão então era uma prenda, eu vê-la de calção curto, nos peitos um top apertado, numas curvas que a moldavam, os cabelos negros longos encaracolados, que às vezes apertava num rabo de cavalo, mas que mulher bonita!! 

Preso a uma cadeira de rodas, por causa de um bêbado insano, num segundo tudo mudava, há meses que a minha rotina era essa, ver tudo o que a Jussara fazia, a imaginá-la dentro de casa, a foder com quem aparecia, e depois cá fora no pátio, bonita e boa como sempre, quando ela os mandava embora. 

Melhor do que ler os livros que já lera, todos os filmes que me chegavam, falar com as pessoas que ainda eram amigos, ou muito pior ainda, ouvir todos os ruídos da casa, o chiar das madeiras das portas, as batidas do vento nas persianas, os passos dos vizinhos lá fora, os gritos histéricos das mal-fodidas nos andares, porra!! até o barulho das sanitas, dos peidos e da merda que largavam, era ouvir a Jussara a exercer a sua atividade. 

Porque quando se está preso a uma cadeira de rodas, deixa-se de ver, deixa-se de sentir, até da pele se esquece, um casaco incómodo que se vai coçando, e só se passa a ouvir, num novo poder adquirido, esse sentido que vai mais longe, um sofrimento mais pesado, de saber até onde podia ir a nossa liberdade. 

Mas agora era Natal e os meus pais constrangidos quase se sentiam na obrigação de me perguntar o que eu queria receber. Foda-se!! o que poderia eu receber e para quê? Que caralho de utilidade eu daria a qualquer coisa? um homem crescido e lúcido preso no próprio corpo? a ser tratado pelos pais como se fosse um miúdo? 

Eu não queria nada!! Porque de nada me serve o que existe. De nada me serve o pouco que é dado às pessoas livres. 

E foi isso que disse aos meus pais “não tenham despesas comigo, obrigado pelo amor que vocês me dão, tanto que eu gostava de retribuir”, mas porque há minutos observava a Jussara, nessa minha rotina do dia-a-dia, a brincar eu continuei, “o que queria mesmo era a Jussara”. 

Eles pareceram perplexos, afinal o meu corpo estava diminuído, mas eu continuei, “a Jussara, sim, era ela que eu gostava de ter como prenda de Natal”, os meus pais disseram, “mas a Jussara como?”, e eu insisti, “posso não ter o que é preciso, mas vocês não se importam que eu cheire um corpo de mulher?”. 

Eles saíram de boca fechada da minha prisão, as quatro paredes do meu quarto, eu rolei as rodas da cadeira, até à janela e olhei lá para baixo, por momentos Jussara estava lá, estendia roupa numa corda, umas cuecas de renda cor de rosa, e quando ela olhou para cima e me viu, parecia ser a primeira vez, e caralho!! tive um arrepio, como se ela tivesse ouvido o que eu pedi aos meus pais. 

Acho que passaram alguns dias, e a minha mãe veio ter comigo, e quase silenciosa com um olhar húmido e terno disse para mim, “amanhã é Sábado e eu e o teu pai não estamos cá, mas programámos uma visita para ti, filho nós queremos que te divirtas, é o que mais queremos”. 

Para mim tinha sido uma tarde aborrecida, mas de manhã quando saíram, depois de me ajudarem a lavar e perfumar-me, eles repetiram, “pedimos à Jussara para te vir visitar, e ela disse que sim”, e porra”, eu fiquei atordoado, quando pedira aquela prenda tinha sido uma brincadeira, não era uma coisa bem segura que eu queria realizada, e pensei, “uma mulher e eu não sou homem não sou nada”. 

Mas foda-se!! que ela apareceu!! 

Ela entrou no meu quarto e pela primeira vez eu vi-a de perto, uma mulher tão jovem e tão bonita, as mamas saltavam-lhe do corpo, os lábios vermelhos de uma rosa, as coxas cheias numa minissaia, ela aproximou-se mais de mim e deu-me um beijo, “então querido tu és muito safado, a tua mãe me disse, tu andas sempre vendo a Jussara se passeando”. 

O meu sorriso era amarelo, o que eu poderia dizer a esta mulher, mas ela percebia o meu medo, e continuava dando instruções, “fica tranquilo amor, a Jussara compreende tudo e mais do que os outros”, eu só abanava a cabeça, e ela, “vai, amor, deixa a Jussara ver o seu caralho, vai deixa ver”. 

Ela começou a agarrar no meu corpo, a deitá-lo na cama ao lado, e foi-me tirando a roupa, a pôr-me nu e eu não dizia nada, mesmo que eu não fosse impotente, tenho a certeza que não levantaria, ela começou a tocar-me no pénis, até foda-se!! que saiu a sentença, “amor, esse aí está mesmo morto, não é assim”, e caralho!! eu só abanei a cabeça, afinal eu tinha de concordar. 

Mas depois veio o que falta a quase todos, a esperança!! 

Eu ouço a voz musical dela, para mim já era o suficiente, “mas não importa nada para a Jussara, eu vou fazer hoje de você o homem mais feliz do mundo”, ela começou a tirar a roupa, a minissaia e tudo o que trazia, para eu admirar aquela Vénus ali tão perto de mim. 

Ela falava, “está vendo estas mãos querido, eu faço maravilhas com elas, no meu negócio querido a maioria do meu trabalho não é boca nem cona nem cu, é mãos, isso aí, eu tenho record internacional”. 

Devia ter sido a primeira vez que eu falava, “record? de quê?”, e a Jussara respondeu, “record amor de conseguir uma ejaculação só com as minhas mãos, três segundos querido”, quando ela encostou o corpo dela ao meu, a abraçar-me num longo aperto, o cheiro dela envolvia-me todo, eu acho que balbuciei, “três segundos, como?”. 

Ela dizia, “três segundos, e então os mais arrogantes o meu prazer é maior, eu toco em dois ou três pontos do corpo deles, tipo chacras de tesão, você sabe, eu nem dou boca nem cona nem nada, e já se estão vindo logo, não se aguentando”. 

E ela continuava, “e você sabe, não é amor, no nosso negócio o contrato acaba com ejaculação, se largou porra para fora acabou”, meu deus, esta mulher era ainda melhor que eu esperava, “é assim, eu vou trabalhar estas mãos maravilhosas e nós, pode contar, vamos ressuscitar essa coisa que você tem aí no meio das pernas”. 

Eu sabia que era um caso perdido, mas aquela forma de amor dela, deixava-me preenchido, para mim era o que bastava, ela dizia, “e fica sabendo, eu vou com tudo, é mão, é boca, é cona, fica já sabendo, portanto não faz cena que Jussara não gosta”. 

As horas que passei com ela depois foram divinas, há meses que eu discutia com deus, e ela estar ali, sem contar, sem prever, sem admitir ser possível, aceitável pelos meus pais, era uma forma dele se desculpar comigo, e para mim, eu estava pronto a perdoar. 

Ela começou a brincar no meu pénis, muito mole e adormecido, como ela tinha dito antes, um cadáver desnecessário, mas tocava-me na boca, nos cabelos, no peito, todo o corpo dela me envolvia, quando se deitou comigo, as pernas que me rodeavam, senti-lhe o cheiro excitada, quando também em si tocava, um óleo denso da vagina, que a pouco e pouco se foi instalando, impregnando o ar de um perfume denso, até que ela estremeceu e se veio. 

A voz dela aproximou-se do meu ouvido, “fica sabendo amor, eu não tinha um orgasmo há muito tempo, adorei fazer amor contigo”, e ali ficámos por muito tempo, eu a guardar-lhe o corpo nos meus braços, ela não viu as lágrimas que me saiam dos olhos. 

Quando os meus pais chegaram à noite, a Jussara tinha saído, atrás dela só o seu perfume, eles entraram, deram-me uma palmada nos ombros, e disseram, “Bom Natal, filho”. 

Nunca se está completo e tu sabes

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Nunca se está completo e tu sabes
Perdeu-se o tempo na minha cabeça e na minha consciência, devem ter passado, não sei, dez anos desde o acidente, não sei mesmo, se calhar mais, houve um momento certamente em que decidi que não tinha importância, a passagem do tempo, digo, pelo menos enquanto fosse jovem e não sentisse o peso da idade.

Para um paraplégico, sempre me perguntei se isso seria importante. Se iria sentir algo mais em velho do que já sinto hoje. Ser dependente.

Meu Deus, que não acredito em ti, que não existes, eu sei, o tempo que não sinto mas que perco a pensar nestas coisas. 

Nesta casa imensa que me foi deixada em testamento e que percorro quase todos os dias, os corredores sombrios, a casca das paredes que começa a cair, na minha cadeira de rodas, valha-me o pouco passado amealhado de que ainda se alimentam os meus sonhos e pensamentos.

Passado que renovo e reciclo como este som que estou a ouvir e de que me alimento, toma atenção Deus, meu único confidente e talvez ouvinte neste silêncio em que habito, gosto de orações, digo-te, para ficar ainda mais triste do que me sinto todos os dias.

Ele ainda não chegou! e estou preocupado, não me ligou e não disse nada!! 



É estranho, nunca se atrasou, ele sabe da minha ansiedade, estou mais dependente dele do que das minha pernas, posso arrastar-me, posso gritar por auxilio, mas não posso existir sem o meu amigo, é ele que me dá o sentido.

O resto que me rodeia, o que vejo da minha janela, e que vejo na minha ciência e imaginação, não me serve, é mais uma massa translúcida, uma substância gelatinosa, move-se sem propósito ou ensejo, concentra-se e dilata-se, e ao menor raio ou rasgo, desfaz-se em água e evapora-se.

O mundo, a existência, é feito de nada, as palavras que nos conduziam e formavam desvalorizaram-se, o que era ouro, nesta alquimia negativa, transmutou-se em lata, de que serve correr muito quando se é conhecido o destino, queremos assim tanto chegar ao fim.

Estou com fome e o Chris ainda não chegou. Não tenho comida em casa, já liguei para saber dele e o telefone parece estar desligado. 

É o que dá habituares-te a uma pessoa que te faz tudo, se ele te falta, ficas completamente indefeso, merda, quando aparecer vou ter que mostrar-lhe o quanto estou irritado por ser tão indisciplinado, ele sabe que não posso suportar a falta dele, naquele momento, naquela hora, e merda, não é o que me traz, é a presença dele.

Deus, desculpa, contigo só falo em último recurso, depois mesmo de falar contra uma parede, e antes só mesmo com o Chris.

E lá fora as ruas estão vazias, parece que o mundo morreu, o conteúdo do mundo, o seu miolo, essa doença que falam por aí, e que assola a natureza com a sua violência, um inverno solar, uma onda térmica, da minha janela só vejo as cascas do mundo, se não se transformarem em pó talvez sejam encontradas debaixo dele daqui a mil anos.  

Está tudo parado? Não, está tudo na mesma, apenas não há movimento.

O Chris apareceu-me como um empregado, a pessoa que a minha mãe ainda viva arranjou para me movimentar no espaço de uma casa imensa como um pedaço de carne. Há dez anos levanta-me, veste-me, deita-me, dá-me de comer, conhece o meu corpo nu, as minhas intimidades e fraquezas, é os meus braços e as minhas pernas.

Dizia a minha mãe que tinha de ser um homem. Todos os dias estes anos ele sai à noite e regressa de manhã. Podia ser eu, mas não, ele tem a sua família. 

Um dia perguntei-lhe "porquê Chris, porque razão estás comigo há tantos anos, porquê te sujeitas à minha indisposição, à minha agressividade, porque não vives outra vida? Isto basta-te?".

A resposta dele fez-me chorar, em silêncio, e escondido até de ti Deus, faz-me ainda chorar, ele disse que eu não precisava de pernas para voar, que ele entendia o mundo através dos meus olhos, que era uma forma de me amar, e que, mesmo que eu quisesse, que o forçasse, jamais me deixaria só.

E aqui estou eu sentado à janela à espera do meu amigo, chuvisca lá fora, e não sei se desta vez ele chega a tempo.

Sintomas de amor - Capítulo 1

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Sintomas de amor - Capítulo 1
M
uitos jovens, principalmente os rapazes, imaginam-se apaixonados quando na verdade não estão. A sua suposta paixão é apenas uma fantasia do momento. O que existe é uma coisa física que não tem nada a ver com a cabeça, nem com o coração, tem a ver com libido, com tesão.

Um jovem ardente é apresentado a uma dama bonita ou interessante e, após um quarto de hora de conversa, está (na sua opinião) apaixonado por ela. 

Se ele for um jovem sensato, será mais esperto se não fizer transparecer essa fraqueza, pois, se o resultado corresponder à sua primeira impressão, não haverá mal em ter escondido a tal súbita paixão.

Se, ao contrário, ele declarar a sua paixão a uma dama, seja por palavras ou por um comportamento absurdo, a fazer olhos ou flirts por exemplo, se ela for sensata, vai com certeza olhá-lo com desconfiança, ou como um idiota com pouca ou nenhuma estabilidade.

A dama pode sempre desconfiar dessa paixão e por isso ficar um pouco mais confusa, mas na sua vontade mais intima, as damas não gostam de esperar, e por isso o que elas querem mesmo é experiência.

Por exemplo, uma dama que andava presa a um jovem, ele dizia que estava apaixonado, eles andavam sempre abraçados, mas um dia ela confidenciou que estava cansada, e foi quando ele percebeu que o que ela queria mesmo era sexo.

Nessa noite quando eles se separaram, a dama quis ir para casa e fazer sexo oral e anal, e só porque a dama era muito religiosa porque queria resguardar-se para o casamento.

Por isso, no principio é impossível saber se há um sentimento genuíno de amor até que relações longas e íntimas revelem esses caminhos, a disposição e até os pensamentos mais íntimos do coração do companheiro.

Supondo, claro, que não haja engano de nenhum dos lados e que os dois amantes tenham revelado fielmente os seus sentimentos mais secretos e entendam mutuamente os gostos, desgostos, peculiaridades e hábitos um do outro.

Porque tudo isto é muito difícil de perceber ao principio, os jovens são mais inseguros, mais inexperientes, e por isso a paixão pode ser o caminho mais fácil, mas que também é a maior armadilha.

Por exemplo, há rapazes que não resistem à paixão porque há damas que alimentam isso, por desejo de submissão, e normalmente são as que mais precisam e mais querem de sexo; de manhã, esses rapazes vêm uma dama linda, mas depois de terem relações, de esvaziarem os sacos, não conseguem olhar mais, pelo menos até que eles encham de novo.

O que é paixão pode mesmo ser só tesão, o esperma vai enchendo os testículos, e isso influencia a disposição, porque logo que são esvaziados, volta-se ao normal de só se conhecer a pessoa.

Mas se, mesmo depois dessa operação, o conhecimento aumentar, em vez de diminuir a amizade, então os jovens podem talvez começar a suspeitar que estão apaixonados.

Portanto o que se aconselha é a masturbação, para afastar essas dúvidas, porque com os testículos vazios tem-se uma ideia mais clara se queremos estar com aquela dama.

Se todos os casais jovens aderissem estritamente a este teste antes de pensar em coisas mais sérias, haveria poucos casamentos com problemas e muito mais lares felizes.