Todos os anos por altura da neve na serra, juntavam-se os amigos todos, muitos rapazes e raparigas, e lá íamos a caminho da pousada, coisa barata que dinheiro não havia, um programa de foda habitual, ainda me pergunto hoje, o que pensavam os pais, do que filhos e filhas faziam, num monte ermo e gelado, onde nem quartos havia, só camas espalhadas para foder.
Na altura e hoje, no meio de amigos e amigas, havia uma imagem a preservar, só era admissível ser-se heterossexual, ai de se ter gostos desviados, do que era normal parecer, ser-se paneleiro era tão difícil, muito desejo preso na convenção, arranjava-se uma namorada para esconder, esse sentido mais profundo, de se gostar de outros rapazes, e de muito gostar de levar no cu.
Na altura e hoje, no meio de amigos e amigas, havia uma imagem a preservar, só era admissível ser-se heterossexual, ai de se ter gostos desviados, do que era normal parecer, ser-se paneleiro era tão difícil, muito desejo preso na convenção, arranjava-se uma namorada para esconder, esse sentido mais profundo, de se gostar de outros rapazes, e de muito gostar de levar no cu.
Por esta altura nunca tinha fodido com amigos, mas já tinha tido as minhas experiências, tinha dado o cu como podia, rapazes e homens de fora que engatava, mas só muito mais tarde, tive um deslize querido com o Bruno, meu amigo mais pessoal, conseguindo dele o mais importante, o silêncio acompanhado de umas boas fodas.
Para mim tinha de procurar fora o que não podia em casa, e não sei como, lá conseguia naquele universo confuso de testosterona e muita cona que dissessem de mim "Com o Leo, nada, ele desapareceu, foi comer para aí outra gaja alojada cá", o que não só me divertia por ser tão bom actor, nem imaginavam o que andava a foder.
Quase natural, sem esforço, encontrava parceiros disponíveis, em momentos mais improváveis, homens com mulher e filhos numa mesa de um restaurante, num cinema em qualquer lado, ou até mulheres não resolvidas, a quererem mais do que está ali para elas, com aquele toque do proibido desejado para se sentirem vivos.
Imagem de Dan Fador por Pixabay |
Não sei como, ao longo da noite fui trocando olhares com quem parecia ser o dono ou organizador do espaço. Bastante mais velho do que eu, era daqueles homens tranquilos com ar de vida organizada que têm tudo o que querem, a passar por nós a perguntar se estava tudo bem.
Olhava-o desenvolto a perscrutar-lhe o corpo a face as coxas tudo e ele a mim pelo meu interesse a cada momento que passa mais indiscreto e preocupante, como se me desse a ele em promessa de qualquer coisa que ele mais sabe do que eu a mirar-me agora sentado ao longe, os meus olhos nos dele e ele nos meus.
Levantei-me e dirigi-me na direcção do bar que era a mesma da dele para o provocar para esperar que alguma coisa acontecesse sozinha, sem fôlego ou respiração, os meus lábios e garganta secas, o meu ânus a pedir-me, reflectido no meu andar, ao passar por ele "estás bem precisas de alguma coisa", tocou-me na mão e perguntou-me.
Olhei-o, não sei se envergonhado, a dizer-lhe "não sei bem o que quero", cúmplices já definidos como se não houvesse mais ninguém, nem som aos gritos, nem luz, nem cheiro, "vem comigo, mostro-te o meu escritório", disse.
Olhei de relance se os meus amigos se apercebiam, correndo quase atrás dele, para o interior dos bastidores daquele local encantado e secreto.
"Reparei que olhavas muito fixamente para mim", disse. "é o que estou a pensar?", perguntou.
Arrisquei doido, como faço quase sempre, "não sei talvez". Pus-lhe a minha mão entre as pernas, afagando-lhe o pau quente e teso, apertado nas calças, a querer soltar-se, puxou-me contra ele, "anda".
Aproximámos-nos de um sofá, despiu-se todo, soltando-se dele um caralho entesado de dor, tirou-me a roupa e sentado, mamou-me o caralho, deixou-me teso, puxou-me para baixo a meter na minha boca o pau duro, a ajeitá-lo mais fundo.
Ocorria-me e dava-me prazer estarem os meus amigos lá fora e eu ali a foder com aquele homem experiente a apertar-me o cu a prepará-lo para mo comer.
Levantou-me as pernas e penetrou-me leve devagarinho como se eu fosse uma mulher, o peito peludo dele, o bafo quente da boca na minha, a entrar-me pelo ânus dentro, e gemer baixinho, com as ancas a baterem-me no rabo, a apertar-me contra ele, sempre e sempre em movimento.
Pediu-me para subir para cima dele encavei o caralho dele pelo meu cu dentro, movimento as minhas nádegas em harmonia com os movimentos dele, a penetrar-me como um amor perfeito, a beijar-me na boca, com o meu rabo nas mãos dele, a foder-me todo por baixo.
Virei-lhe o rabo, e senti-o a puxar-me pelas nádegas a dar-me umas palmadas duras, a penetrar-me fundo.
Lá de fora vinha o som da música, via as luzes da discoteca nos meus olhos de memória, espetava-lhe o cu a dar-lho ainda mais, duro, suado, colado a mim, um só corpo, os quadris dele a desferirem nos meus, um caralho grosso a entrar em mim, estava a vir-me com uma punheta e zurrar dele de satisfação a vir-se com um esguicho em mim, a vir-me doido também.
Como se nada fosse apareci depois juntos dos meus amigos, pensando eles que eu tinha andado a arranjar qualquer coisa.
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