A Antónia conta ao Biografias Eróticas como foi:
Isto é só nosso confessionário? Nem sei se devo contar? Sabes não vou para nova, aquela idade desgraçada, em que ainda temos o tesão todo, e, dum momento para o outro, somos invisíveis.
Já não há homens a olhar o nosso rabo, a flirtarem à procura de um descuido, virarem o pescoço agora é história, o espelho não é nosso amigo, gordurinhas e rugas aqui e acoli, e o marido, esse, não mais nos procura.
O Matos, meu companheiro, então, tem andado impossível, saber-me foder foder ele sabe, mas atualmente só mesmo o meu juízo, entra em casa, discute e anda bêbado, estou no limite estou no limite confessionário, chama-me puta e que tenho amantes, e eu para mim "foda-se quem mos dera ter".
No outro dia saiu à noite, furioso a chamar-me vaca, a partir tudo e a gritar, eu chorava chorava a minha vida desgraçada, quando confessionário me tocou o telefone, atendi estranhando a hora, "é o Matos esse cabrão", quando ouvi uma voz serena "estou a ver-te, não sei como aguentas?".
Perguntei "quem és tu? alguma brincadeira? a ver-me como?", "com um telescópio", respondeu, "moro do outro lado, e vejo que te maltrata, não te merece", morava eu num 5º andar, olhei para o prédio bem longe, lá estava um luz sumida, com alguém a ver-me a vida.
"Não devias fazer isso, do telescópio, sabes?", disse-lhe, "sei, mas vejo-te sofrer, ele não te merece", fiquei em silêncio, sabia bem falar com alguém, a voz de alguém desconhecido, era arrepiante mas gostoso, doce e tranquila como brisa, quando me saiu uma coisa estúpida, uma esperança doida, "quem e como és tu?".
"Eu sou bem mais novo que tu", disse-me, "mas já te vi nua, e dás-me muito tesão", continuou, "e já te vi a masturbares-te no sofá", "mais de uma vez, quando vejo, bato uma punheta, só de te ver", estava apanhada da cabeça ao ouvi-lo, reconhecia a voz de um jovem ou um miúdo, há quanto tempo ele me via, tantas as vezes que me masturbei quando o Matos saía.
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"Ouve puto, não devias fazer isso, de me ver com binóculos ou lá o que é, sabes? não é bom", dizia-lhe eu pouco convincente, "eu sei o teu nome e já te vi na rua, ás vezes vou atrás de ti e fico logo com o pau teso", insistia ele a deixar-me assustada, mas ao mesmo tempo agradecida, "sou um amigo da Mónica, a tua filha, foi assim que soube o teu telefone, não tenhas medo".
A Mónica tinha 17 anos, e o miúdo devia andar por aí, "sacaninha" pensava eu, há quanto tempo andaria nisto, a ver-me nua pela casa, saía o Matos e os meus filhos, eu a masturbar-me e tudo o mais, quando o ouvi dizer "D. Antónia gostava muito de vê-la", "ver-me como?", "ora, masturbar-se, para eu bater uma punheta".
Estava perplexa com o miúdo, sentei-me no sofá a pensar, estava noite quente sem luar, ele do outro lado a ouvir-me falar, "porque não, já me tinha visto", pensei, ajeitei-me melhor a abrir o robe, "estás-me a ver?", perguntei, uma voz rouca do outro lado, "estou, abre mais as pernas, estás sem cuecas?", "estou", respondi.
Desci os dedos pelo meu corpo, a brincar com o clitóris, os meus pelos e os meus papos rosados, perguntava-lhe "estás-me a ver miúdo", do outro lado um barulho persistente, "estou foda-se que és tão boa".
Excitava-me a voz dele, tão grande elogio, mais incentiva os meus dedos a massajar a minha cona, de olhos fechados a ouvi-lo, que prazer tão distinto e fino, "aiiii, D. Antónia estou-me a vir todo", e eu da voz dele tão grande explosão me deu, a vir-me toda molhada.
"D. Antónia, amanhã à mesma hora?, corra com o bêbado do seu marido"
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