Contos eróticos de Natal - há esperança - BIOGRAFIAS ERÓTICAS
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Contos eróticos de Natal - há esperança

Esta história que vos conto não teria qualquer interesse se não fosse uma coisa diferente.

Não estava à espera que os meus pais defendessem a Jussara na última reunião de condomínio do nosso prédio. Havia lá uns quantos, é verdade, mais as mulheres, que diziam que a Jussara era uma prostituta e que recebia homens em casa para fazer dinheiro, e por isso tinha de ir embora do prédio. 


Acho que toda a gente sabia disso há muito tempo, mas o verniz estalou foi quando alguns dos homens do prédio se metiam com ela no elevador e as mulheres deles não gostavam. 

Isto era o que essas mulheres sabiam, porque depois acabei eu por saber que a coisa era mais do que isso, alguns deles saiam de casa, diziam que iam ao café comprar qualquer coisa, e sorrateiros, iam ao andar cá de baixo, até que a Jussara começou a dizer que havia ali um “conflito de interesses” e o melhor mesmo era procurarem cona noutro lado. 

Só eu é que tinha ainda direito!!

A casa de Jussara que nós sabíamos que ela tinha comprado, falavam os meus pais ao principio, bastante baixo para eu não ouvir, que a ela lhe tinha custado a ganhar com os broches e fodas que dava, mas diziam eles também, o que tínhamos nós a ver com isso. 

Cá de cima da janela do meu quarto, eu costumava vê-la lá em baixo, num pequeno pátio que tinha, no verão então era uma prenda, eu vê-la de calção curto, nos peitos um top apertado, numas curvas que a moldavam, os cabelos negros longos encaracolados, que às vezes apertava num rabo de cavalo, mas que mulher bonita!! 

Preso a uma cadeira de rodas, por causa de um bêbado insano, num segundo tudo mudava, há meses que a minha rotina era essa, ver tudo o que a Jussara fazia, a imaginá-la dentro de casa, a foder com quem aparecia, e depois cá fora no pátio, bonita e boa como sempre, quando ela os mandava embora. 

Melhor do que ler os livros que já lera, todos os filmes que me chegavam, falar com as pessoas que ainda eram amigos, ou muito pior ainda, ouvir todos os ruídos da casa, o chiar das madeiras das portas, as batidas do vento nas persianas, os passos dos vizinhos lá fora, os gritos histéricos das mal-fodidas nos andares, porra!! até o barulho das sanitas, dos peidos e da merda que largavam, era ouvir a Jussara a exercer a sua atividade. 

Porque quando se está preso a uma cadeira de rodas, deixa-se de ver, deixa-se de sentir, até da pele se esquece, um casaco incómodo que se vai coçando, e só se passa a ouvir, num novo poder adquirido, esse sentido que vai mais longe, um sofrimento mais pesado, de saber até onde podia ir a nossa liberdade. 

Mas agora era Natal e os meus pais constrangidos quase se sentiam na obrigação de me perguntar o que eu queria receber. Foda-se!! o que poderia eu receber e para quê? Que caralho de utilidade eu daria a qualquer coisa? um homem crescido e lúcido preso no próprio corpo? a ser tratado pelos pais como se fosse um miúdo? 

Eu não queria nada!! Porque de nada me serve o que existe. De nada me serve o pouco que é dado às pessoas livres. 

E foi isso que disse aos meus pais “não tenham despesas comigo, obrigado pelo amor que vocês me dão, tanto que eu gostava de retribuir”, mas porque há minutos observava a Jussara, nessa minha rotina do dia-a-dia, a brincar eu continuei, “o que queria mesmo era a Jussara”. 

Eles pareceram perplexos, afinal o meu corpo estava diminuído, mas eu continuei, “a Jussara, sim, era ela que eu gostava de ter como prenda de Natal”, os meus pais disseram, “mas a Jussara como?”, e eu insisti, “posso não ter o que é preciso, mas vocês não se importam que eu cheire um corpo de mulher?”. 

Eles saíram de boca fechada da minha prisão, as quatro paredes do meu quarto, eu rolei as rodas da cadeira, até à janela e olhei lá para baixo, por momentos Jussara estava lá, estendia roupa numa corda, umas cuecas de renda cor de rosa, e quando ela olhou para cima e me viu, parecia ser a primeira vez, e caralho!! tive um arrepio, como se ela tivesse ouvido o que eu pedi aos meus pais. 

Acho que passaram alguns dias, e a minha mãe veio ter comigo, e quase silenciosa com um olhar húmido e terno disse para mim, “amanhã é Sábado e eu e o teu pai não estamos cá, mas programámos uma visita para ti, filho nós queremos que te divirtas, é o que mais queremos”. 

Para mim tinha sido uma tarde aborrecida, mas de manhã quando saíram, depois de me ajudarem a lavar e perfumar-me, eles repetiram, “pedimos à Jussara para te vir visitar, e ela disse que sim”, e porra”, eu fiquei atordoado, quando pedira aquela prenda tinha sido uma brincadeira, não era uma coisa bem segura que eu queria realizada, e pensei, “uma mulher e eu não sou homem não sou nada”. 

Mas foda-se!! que ela apareceu!! 

Ela entrou no meu quarto e pela primeira vez eu vi-a de perto, uma mulher tão jovem e tão bonita, as mamas saltavam-lhe do corpo, os lábios vermelhos de uma rosa, as coxas cheias numa minissaia, ela aproximou-se mais de mim e deu-me um beijo, “então querido tu és muito safado, a tua mãe me disse, tu andas sempre vendo a Jussara se passeando”. 

O meu sorriso era amarelo, o que eu poderia dizer a esta mulher, mas ela percebia o meu medo, e continuava dando instruções, “fica tranquilo amor, a Jussara compreende tudo e mais do que os outros”, eu só abanava a cabeça, e ela, “vai, amor, deixa a Jussara ver o seu caralho, vai deixa ver”. 

Ela começou a agarrar no meu corpo, a deitá-lo na cama ao lado, e foi-me tirando a roupa, a pôr-me nu e eu não dizia nada, mesmo que eu não fosse impotente, tenho a certeza que não levantaria, ela começou a tocar-me no pénis, até foda-se!! que saiu a sentença, “amor, esse aí está mesmo morto, não é assim”, e caralho!! eu só abanei a cabeça, afinal eu tinha de concordar. 

Mas depois veio o que falta a quase todos, a esperança!! 

Eu ouço a voz musical dela, para mim já era o suficiente, “mas não importa nada para a Jussara, eu vou fazer hoje de você o homem mais feliz do mundo”, ela começou a tirar a roupa, a minissaia e tudo o que trazia, para eu admirar aquela Vénus ali tão perto de mim. 

Ela falava, “está vendo estas mãos querido, eu faço maravilhas com elas, no meu negócio querido a maioria do meu trabalho não é boca nem cona nem cu, é mãos, isso aí, eu tenho record internacional”. 

Devia ter sido a primeira vez que eu falava, “record? de quê?”, e a Jussara respondeu, “record amor de conseguir uma ejaculação só com as minhas mãos, três segundos querido”, quando ela encostou o corpo dela ao meu, a abraçar-me num longo aperto, o cheiro dela envolvia-me todo, eu acho que balbuciei, “três segundos, como?”. 

Ela dizia, “três segundos, e então os mais arrogantes o meu prazer é maior, eu toco em dois ou três pontos do corpo deles, tipo chacras de tesão, você sabe, eu nem dou boca nem cona nem nada, e já se estão vindo logo, não se aguentando”. 

E ela continuava, “e você sabe, não é amor, no nosso negócio o contrato acaba com ejaculação, se largou porra para fora acabou”, meu deus, esta mulher era ainda melhor que eu esperava, “é assim, eu vou trabalhar estas mãos maravilhosas e nós, pode contar, vamos ressuscitar essa coisa que você tem aí no meio das pernas”. 

Eu sabia que era um caso perdido, mas aquela forma de amor dela, deixava-me preenchido, para mim era o que bastava, ela dizia, “e fica sabendo, eu vou com tudo, é mão, é boca, é cona, fica já sabendo, portanto não faz cena que Jussara não gosta”. 

As horas que passei com ela depois foram divinas, há meses que eu discutia com deus, e ela estar ali, sem contar, sem prever, sem admitir ser possível, aceitável pelos meus pais, era uma forma dele se desculpar comigo, e para mim, eu estava pronto a perdoar. 

Ela começou a brincar no meu pénis, muito mole e adormecido, como ela tinha dito antes, um cadáver desnecessário, mas tocava-me na boca, nos cabelos, no peito, todo o corpo dela me envolvia, quando se deitou comigo, as pernas que me rodeavam, senti-lhe o cheiro excitada, quando também em si tocava, um óleo denso da vagina, que a pouco e pouco se foi instalando, impregnando o ar de um perfume denso, até que ela estremeceu e se veio. 

A voz dela aproximou-se do meu ouvido, “fica sabendo amor, eu não tinha um orgasmo há muito tempo, adorei fazer amor contigo”, e ali ficámos por muito tempo, eu a guardar-lhe o corpo nos meus braços, ela não viu as lágrimas que me saiam dos olhos. 

Quando os meus pais chegaram à noite, a Jussara tinha saído, atrás dela só o seu perfume, eles entraram, deram-me uma palmada nos ombros, e disseram, “Bom Natal, filho”. 

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