Cap. 2 - O que tem a dizer o padre? - BIOGRAFIAS ERÓTICAS
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Cap. 2 - O que tem a dizer o padre?

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Como já tinha dito antes, estamos em 1677. Vim aqui para entrevistar Mick Sensation e tentar compreender porque é que ele está preso em casa há vários meses acusado de sodomia e a esperar pelo julgamento.

Pelo que soube do que dizem nas ruas, o Mick ao longo de vários anos andou a comer vários cus de homem, e porque isso é proibido, agora está a enfrentar a justiça porque a sodomia nesta altura era um crime capital punido com a pena de morte.

Já ouvi parte do que o Mick tinha para dizer, ele não foi muito explicito, depois de vários meses fechado em casa só com a mulher, sem poder ter visitas de amigos, tem sido muito difícil e complicado, meses sem poder comer um cu, para ele é uma agonia muito grande.

Eu ouvira dizer que os clérigos eram quem mais pressionava o poder judicial para que Mick Sensation enfrentasse a forca, mesmo sem grandes fundamentos ou provas, porque para eles estava decidido, a sociedade estava em mudança, e tudo isto servia de exemplo.

Depois de bater em muitas portas consegui marcar uma entrevista com Samuel K.. Do que ouvira dizer, ele era um padre muito importante, ele é especialista em sodomia, e do que consta, nos seus sermões sempre chama a atenção dos fiéis para os perigos morais que existem de andar a levar no cu.

Apertei-lhe a mão, que para um padre me pareceu máscula de mais, uma corrente fria atravessou-me a espinha, fiquei na dúvida, ou era uma energia maligna que vinha dele, ou era da atmosfera que nos rodeava, numa casa mal iluminada, com pontos dispersos de luz onde, pensei eu, as pessoas se recolhiam para refletir, e onde nos sentámos para conversar.

Eu baixei um pouco a cabeça, “Sua Eminência, muito obrigado por me receber”, e continuei, “gostava de o ouvir sobre a situação do Mick, mas também desta coisa da sodomia, e se possível num registo mais informal”, ele sorriu e disse, “já percebi, basicamente não vamos usar palavras caras, vamos falar para que as pessoas comuns entendam o que vai escrever”, ele olhou em volta parecendo querer ver se alguém nos ouvia e continuou, “o que quer saber é porque achamos mal que o Mick ande a foder cus de homem”.

Ele fechou os olhos como se fizesse força para bombear toda a sua sabedoria para o cérebro, “o meu amigo compreende, o casamento é sagrado e tudo o que seja foder fora do casamento é pecado”, ele salivou os lábios, “você já ouviu falar no sétimo mandamento? diz – não fodas a mulher do próximo – o que vale para dizer – não andes a foder cus por fora”.

Este inicio de conversa pareceu-me um pouco incoerente, “eu sei, o Mick é casado, mas …. ele enfim come cus, mas … e os solteiros, ou se ele fosse solteiro? Ele iria andar a comer cus na mesma!!”, ele disse, “sim, eu compreendo, mas é mais para ter uma ideia geral, e para o Mick é ainda mais grave, ele gosta de estar com homens para lhes foder o rabo e ainda por cima é casado e ele devia respeitar os laços do matrimónio”.

Achei que o devia deixar prosseguir, “vamos lá a ver, nós entendemos que há vários tipos e graus de ofensa, e é por isso que tenho estudado o assunto, por exemplo, comer o cu de um homem será a mesma coisa se for o cu de uma mulher? Ou se deve ser punido, não só quem fode o cu de alguém, ou se também quem leva no cu? o assunto meu amigo é muito complexo”.

Ele prosseguiu, “meu amigo, o corpo é um templo do espirito santo, ora andar a comer o cu ou a levar no cu, a mim parece-me poluição”, eu balbuciei, “poluição?”, ele adiantou-se, “sim, impureza abominável, que eu divido em dois tipos: a fornicação e a busca de carne estranha, em que a segunda é a mais grave de todas”.

Eu nunca tinha ouvido falar nisto, “busca de carne estranha?”, ele excitou-se com as próprias palavras, “fornicação, meu amigo, é a prostituição, adultério, poligamia, e a masturbação, enquanto a sodomia e a bestialidade é a busca de carne estranha, e para mim, tanto é mau, dar como levar no cu, como andar a foder cabras e vacas, você sabe como é esta gente, por muito que se ensine, continuaram a comportar-se como uns selvagens”.

Ele quase gritou, “estas últimas da busca de carne estranha são antinaturais, vão contra a normalidade das espécies e dos sexos”, a conversa abrandou logo depois e entendi perguntar, “e se um homem comer o cu da mulher?”, eu disse isto e senti o mesmo efeito quando estava com Mick Sensation, o pau estava a ficar duro.

Ele continuou, “bom, aqui também temos de pensar em termos de grau de pecado, um homem comer um cu a outro homem ou uma mulher dessas lésbicas esfregar-se com uma outra, isso temos certo que não é natural e é poluição moral”, ele respirou um pouco, “agora o homem foder o cu à sua mulher ainda estamos a estudar, embora, à luz da natureza, já concordámos que não é tão pecaminoso”.

Eu introduzi um tema, “mas Vossa Eminência por certo concordará que estas coisas são por causa do desejo, haverá homens como o Mick que não resistem a um ânus enquanto outros não resistem em oferecê-lo”, ele apertou as pernas e quase me apercebi que havia ali um volume, “tem de compreender, meu amigo, isto não tem nada a ver com desejo, tem a ver com corrupção moral e desobediência a Deus, temos de conter isto, senão contaminam os fiéis com outros pecados”.

Lembro-me de ter ouvido dizer que o padre Samuel K., num dos seus sermões, gritou aos fiéis que isto de foder e levar no cu era corrupção universal, idolatria da sodomia, o que causou grande terror e preocupação, todos acharam que podiam ficar tentados a fazer o mesmo.

Achei que era importante precisar os conceitos, “mas Sua Eminência, continuo confuso, portanto se o Mick fodesse o cu da esposa, isso não é sodomia?”, ele abanou com a cabeça, “para nós não, isso não é pecado, isso é só a mulher a querer levar no cu, pecado é se for entre homens ou entre mulheres, significa que são do mesmo sexo e isso vai contra as sagradas escrituras”.

Eu não sabia nada desse assunto, embora tivesse ouvido falar que nas sagradas escrituras se contavam histórias de casos de sodomia, eu corri o risco de perguntar, “mas Sua Eminência, o povo parece não se preocupar, nem se importar com o facto de haver homens ou mulheres que têm desejos mais incomuns que o resto”, ele pareceu desagradado, “nós temos de guiar as nossas ovelhas” e eu insisti, “Sua Eminência, nunca sentiu desejos?”, ele pareceu surpreendido, “desejos de quê? De sexo? sim, mas eu reprimo, raramente fico com ele inchado”.

Saio para a rua, pensei que ficou a faltar uma pergunta, “nem um pecado mais pequeno? bater uma punheta ou meter um vibrador no cu?”


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