Sempre achei que a educação, quando pensamos ter chegado ao fim, àquele ponto em que achamos, agora já não há nada para mudar em nós, ou se adquiriu educação ou não, e pronto, a que temos é o fruto das circunstâncias e também das situações que nos foram acontecendo e influenciando, umas que, pela nossa vontade, fizemos por acontecerem, outras, por nada, por acaso.
O
lhando para trás, era eu, o meu irmão, e a nossa mãe solteira, ela com dois empregos, nós com todo o tempo do mundo, para andarmos aos trambolhões, sozinhos, e mais eu por ser mulher.Tudo serviu, e mesmo o que era pouco se aproveitou, fosse a leitura de um livro abandonado num jardim, uma conversa entre mais velhos num café, as reações e o cansaço da minha mãe, a fome de homens que ela atraia de vez em quando.
E não sei porquê, de tudo isso, hoje, para mim, o que recordo é do sexo, como se o sexo fosse a coisa mais marcante da vida, a única que valesse a pena registar na memória, desses pequenos pedaços de história que, bons ou maus, traumatizam, e empurram e ajudam a rolar.
Nunca tivemos espaço para moralidade, religião, ou outras coisas que interessam pouco à sobrevivência, isso ocuparia muito tempo, bastava a realidade, e começo a lembrar-me do que tinha dentro de casa.
Eu e o meu irmão somos quase da mesma idade, ele é um ano mais velho, e não é difícil compreender que começámos a ter as mesmas necessidades mais ou menos ao mesmo tempo, que basicamente era a masturbação, eu masturbava-me, ele masturbava-se, fazíamos isso sem mostrar, umas vezes no banho, outras vezes no quarto, ele ouvia-me a gemer, disso tenho eu a certeza, eu ouvia-o também, enfim a casa era pequena.
Um momento de viragem foi quando o meu irmão me deu acesso à sua importante coleção de revistas pornográficas, que ele escondia na cama, para a minha mãe não ver, daquelas antigas, em que havia como que folhetins de histórias fotográficas em que se podia ver todo o tipo de maneiras de foder.
Para mim, acho até mais do que o meu irmão, dava-me um prazer imenso ler as palavras dos balões, em que parecia banda desenhada, com uns homens mais velhos com uns pénis enormes a entrar nas vaginas e cus de umas mulheres.
A dada altura, sempre que o meu irmão trazia uma novidade, ficávamos a ler, para depois discutir a qualidade do trabalho, comparando com as revistas que ele já tinha, e lembro-me que a excitação que nos dava era normalmente contrabalançada pela risada.
Só umas quantas, poucas vezes, nos excedemos, em que as histórias eram tão boas, ás vezes com cenas de orgias, em que falávamos e muito excitados, não aguentávamos e masturbávamos um junto ao outro.
Uma vez ele perguntou, “o que achas do pénis dele?”, eu respondi, “eu acho enorme, é gigante”, eu dei uma pequena risada, ele continuou, “o meu é pequeno, achas que alguma vez vou ter um assim grande?”, eu olhei para ele e disse, “mostra!”, ele baixou as calças, e eu vi o pequeno pau murcho, “se ele tivesse teso!”.
Ele olhou para mim, depois fechou os olhos, começou a acariciar o pénis, e em segundos ficou teso e duro, eu disse, “é grande mano, ele cresceu muito”, e ri-me novamente, mas ele não me ouvir continuou a bater a punheta, e em segundos, contorceu-se ao meu lado e veio-se, jatos de porra saiam da cabeça da pila.
Outra vez, ele trouxe umas revistas gay, e onde costumava estar um homem a foder uma mulher, eu vi que apareciam agora homens, a chupar o pénis ou a comerem o cu uns aos outros, e quando perguntei ao meu irmão sobre o tema das revistas, ele disse que gostava, dava-lhe prazer ver homens a montar outros por cima, e aí, ele também sacou do pau para fora excitado, e bateu uma punheta.
Depois acho que fomos aprendendo com a nossa mãe, o que estava nas revistas, saltou para o quarto dela, quando trouxe um homem lá a casa, e, como se fossemos ingénuos, nos pediu que fossemos para o quarto, mais valia ter dito logo, não liguem, vou foder com este gajo.
E foi assim nós saímos de cena, ou pareceu que saiamos de cena, e uns minutos depois, ouvimos vindo da sala, uma espécie de gritos altos, que nos assustou e fomos à procura, quando vimos, tal como nas revistas, o homem montado na nossa mãe, uma vara enorme comia-lhe o rabo, a entrar e a sair com força, e que a fazia gemer.
Nessa altura aconteceram duas coisas, o de ver a cena ao vivo, do homem peludo, um pouco acima do peso, a foder a minha mãe, excitou-me o corpo todo como nunca tinha acontecido antes, e quando fui para o quarto, desejei ter aquele pénis a enterrar-se na minha vagina, masturbei-me a imaginar isso, e vi-me toda com o meu irmão a ver.
A outra coisa que aconteceu foi mais tarde, quando o homem saiu e se foi embora, ainda olhou para mim com olhos de foda, e a nossa mãe começou a falar, que era a primeira vez que trazia um homem para casa, que nós já não éramos miúdos, que ela tinha desejos de foda, e estava farta de ser fodida na rua ou em carros.
Não sei se na altura pensei nisso, ou se foi só agora, mas como ela explicou, não parecia que as fodas dela fossem só isso, as mulheres solteiras sentem a necessidade de ter um homem, e as fodas eram mais desejos de agradar a um homem do que desejo de se satisfazerem a si próprias, sentimos isso, e por isso, dissemos que ela trouxesse os homens que ela quisesse para a foder.
Claro que isso criou uma espécie de conflito de igualdade, eu e o meu irmão andávamos a descobrir muita coisa, não é que tivéssemos namorados ou isso, era mais o prazer de estar e curtir sem estarmos obrigados a nada, e por isso quando o meu irmão trouxe uma gaja para foder, a situação ficou mais que acordada, com o argumento aceite por todos de que foder por foder, que fosse em casa.
Naturalmente, nunca acreditei nesse argumento, a nossa casa era pequena, o quarto da minha mãe era a sala, e um só quarto que havia era para nós, e foder nessas circunstâncias, obrigava a muita organização para qualquer um de nós foder sem os outros estarem a ver ou a ouvir.
Por isso a minha educação ganhava agora um novo rumo, eu já era suficientemente grande para administrar o sexo como queria, de tal modo que percebi rápido, umas boas mamas e um bom rabo, faziam milagres conseguindo quase sempre os meus desejos.
E não que fossem os desejos prolongados, os homens tendem a prometer tudo para ter uma rata à disposição, para depois logo que a fodem, verem-se com falta de memória e, logo a seguir, quebrarem todos os contratos.
Estas percepções e o que aprendi em casa a assistir à vida da minha mãe, contribuiu muito para a minha educação e, por isso, não foi difícil decidir que forneceria os homens mais velhos de um bom pedaço de mim, de maneira a que esses queridos me ajudassem a dar um salto para um qualquer lugar mais perto de onde eles estavam na vida.
E não era só uma questão de dinheiro e sobrevivência, era de escolha de prazer mesmo, pareceria ridículo isso, de gostar de ser fodida por homens mais velhos e estabelecidos, e em vez de mostrar esse agrado, ter de mostrar que levar na cona deles era uma coisa neutra, e só um negócio.
E quase sempre não era, salvo raras exceções, de encontros com homens mais violentos, todos os outros me agradavam à sua maneira, uns que desejavam mesmo sexo descomprometido, mas que depois, além do dinheiro, me ofereciam um pouco da sua visão e da personalidade, outros que procuravam em mim um carinho infantil, conversa fácil e intima por horas, e quase sempre, nem me fodiam nada.
Foi rápido na minha educação de jovem pós-adolescente, eu perceber que eu dava a esses homens adultos, um refúgio de seda, um refúgio de veludo, num qualquer motel escondido, ou na parte de trás de um carro, horas de conforto, horas de realidade, era preciso estarem comigo, para sentirem a terra debaixo dos pés.
Podia contar histórias: uma que mais me agradava era a de um homem muito rico que aparecia à porta da minha casa de carro com motorista para me vir buscar e, quase sempre à noite, bem entrado na idade, percorríamos a cidade, sempre em andamento e ia-me falando quase como um pai querendo saber como passou o dia a filha.
As mãos dele de homem velho, mas não envelhecido, percorriam as minhas pernas, quando da boca dele iam saindo palavras sábias em que eu, como uma esponja, absorvia tudo, “hoje estás muito bonita, querida, como estás na escola?”, as mãos subiam levemente pela minha barriga, “estou muito contente, vestiste a saia que eu te ofereci”.
A saia era uma minissaia, do tipo plissada, mesmo muito curta, em estampado de quadrados, como os homens mais pervertidos gostam de ver nas adolescentes de escola, eu ri-me, “não penses que a levei para a escola”, ele riu-se, a perversão era benigna, ele riu-se também, “esperava que não”, as mãos tocaram-me nos seios e depois na boca e nos lábios, “és mesmo linda, vais ser uma mulher fantástica”.
As mãos vinham por aí abaixo, “como está a tua mãe e o teu irmão, precisam de mais dinheiro? Como estão a correr os estudos dele?”, nos últimos anos este homem mais velho, pervertido, mas gracioso, tinha financiado os nossos estudos, duma maneira estranha, como se pagar tudo isso fosse uma forma de penitência, por causa de eu lhe satisfazer os desejos da libido.
A uma certa altura a minha educação com ele evoluiu, se havia exploração da minha ingenuidade de jovem mulher, ela desaparecia quando tanto ele como eu tínhamos consciência desse contrato, ou dessa aceitação, ao ponto de eu gozar sexualmente, com o que ele fazia, as mãos dele desceram até abaixo, ele perguntou, “tens as cuequinhas, amor?”, eu respondi, “eu sei, que o meu amigo gosta que eu não traga nada por baixo”.
Os olhos dele molharam-se de alegria, naquela altura há mais de uma hora que o carro circulava, “Amaro, para um pouco naquele sitio que nós gostamos”, o Amaro era o motorista, um negro gigante e bem constituído que estava com ele há alguns anos, devia conhecer todos os segredos do patrão, e, mais tarde pensei, quando ele e eu deixámos de nos visitar, que seria com o motorista que ele trocava os mais íntimos sentimentos sobre o que era a sua vida.
A mão dele entrou no meio das minhas pernas e ele disse, “estás toda molhadinha, querida!!”, os dedos dele tinham penetrado na minha vagina e girado em círculos, fazendo-me abrir as pernas todas, para os lados, ele dobrou-se sobre mim, e ele disse, “fecha os olhos amor”, a língua dele tremeu no meu clitóris, e durante muitos segundos, que pareceram minutos de prazer, lambeu-me a cona, deixando-me num êxtase que guardo para a vida toda.
Enquanto isso, a minha mão procurou o pénis, abri o zip das calças e senti uma verga dura e comprida, que eu já chupara muitas vezes, quando ele se levantou e disse, “hoje amor podíamos fazer uma coisa diferente”, eu perguntei, “diferente? Estás a cansar-te de mim?”, ele abanou a cabeça, “não amor, não é verdade, é o Amaro”, eu insisti a olhar para a frente e para o motorista, “o que tem o Amaro?”, ele prosseguiu, “ele já não aguenta, querido, ele vê tudo, quando te fodo, e pensei, talvez se trocássemos os papéis”.
De facto era uma coisa estranha, o Amaro tinha uma intervenção tão grande na vida dele, que quando ele saía à procura de mim, ou sei lá, de sexo noutro lado, o Amaro estava sempre presente, até quando íamos para um motel, em que ele dizia, “não querida, eu quero o Amaro presente, parte do meu prazer é ele estar a ver-me foder, deixa estar, amor, ele só bate uma punheta”.
Agora invertiam-se os papéis, eu já tinha visto aquele pau dele muitas vezes, se o do patrão era grande, aquele era de classe superior, uma verga grossa que ele batia e mostrava, quando o seu senhor me fodia de todas as maneiras.
Não sei se isso era aconselhável para a minha educação, mas a certa altura deixei de reparar, era como se ele não estivesse lá no sitio, fosse no carro ou e qualquer lugar.
Quando ele disse aquilo, “deixa meu amor, vais gostar de foder o Amaro, eu já vi e ele é muito competente”, durante uns poucos segundos estive a considerar as possibilidades, o Amaro, depois de pensar nisso também me excitava muito, um namorado negro tinha-me fodido e eu tinha gostado, mas isto era diferente, o Amaro era um homem, e um homem fisicamente poderoso, e quanto mais pensava mais me agradava a ideia.
Eu suspirei a dizer que sim, o tempo estava de chuva, e enquanto o Amaro passava para o banco de trás, ele correu para o lugar do motorista e começou a olhar, sorriu e eu vi aqueles dentes pervertidos a brilhar, algo me dizia que seria a última vez que iria estar com ele.
O Amaro despiu-se todo e pediu-me para eu tirar a roupa, e mesmo no escuro, fechei os olhos e fui à procura daquele rolo grosso, e encontrei-o duro e arqueado como uma lança, ele disse para eu saltar para cima dele, e foi instantâneo, o pénis escorregou na minha cona, todo até ao fundo, e vieram-me lágrimas aos olhos, de prazer e dor juntos, “ahummm, ai, ai, humm”, as mãos dele cravaram-se nas minhas ancas e sussurrou-me aos ouvidos, “fode-me tu, querida, fode-me”.
A voz dele era tão mais hipnótica que a voz do patrão, a voz que alguém que vive calado e apenas ouve, eu arqueei as ancas e o cu, e começei a subir e a descer pelo pau dele, a entrar até abaixo, eu revirei os olhos por segundos, e ele lambia os lábios de ver o Amaro a comer-me, “ai amor, se continuas assim, vou querer foder mais com o Amaro”, ele dizia, “fode-o amor, fode-o”.
O Amaro sussurrava, “não te venhas, não te venhas”, ele falava como se o meu corpo estivesse sob meu domínio, com aquele pau furioso a penetrar-me, “ai não sei se aguento, não sei”, ele disse, “mete no cu, mete no cu”, eu levantei-me, agarrei na galo ereto com a mão e meti-o no meu cu, e foi instantâneo também, comecei-me a vir, e o Amaro também.
Quando fomos embora nunca mais os vi, nem o Amaro, nem o patrão, tinham contribuído para a minha educação durante muito tempo, e quando naquele dia, o Amaro não comeu o meu cu totalmente, ainda pensei que, pelo menos ele, um dia ainda fosse voltar. Não voltaram mais.
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