Desaparecidos #3 magia e carne - BIOGRAFIAS ERÓTICAS
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Desaparecidos #3 magia e carne

Recebi hoje um telefonema do meu filho, finalmente decidiu visitar-me, passaram alguns anos que não nos vemos, desde que aconteceu o “episódio”, ele ficou tão zangado comigo, que naquela tarde de sol, agarrou na mão da namorada e desapareceu.

E
u sempre fui um solitário, sou daqueles que têm uns quantos filhos espalhados pelo mundo, mas mulheres daquelas de ter por casa, a andar de um lado para o outro, sempre irrequietas, não tenho nenhuma, elas mais ou menos a determinada altura, desaparecem todas.

Imagino que deve ser coisa minha, esta de não conseguir fixar as pessoas perto de mim, sejam filhos, mulheres, ou mesmo amigos, vão ficando os animais, porque esses enfim não se queixam.

Mas agora havia essa possibilidade, o passado estava esquecido, eu estava a ficar mais velho, e a companhia de pessoas na minha vida, e ainda por cima do meu sangue, é uma necessidade importante, desculpem se eu sou calculista, mas se eu precisar, quem é que me vai limpar o rabo?

Não quero recordar essas memórias, mas, não tenho dúvidas, tenho de trazer isso para cima da mesa, falar no diabo do “episódio”, quando ele chegar os nossos olhos vão lembrar-se e falar nisso, eu tenho de estar preparado.

Mas foda-se !! tenho medo, estou um pouco mais velho, mas não estou morto, o que é que irá acontecer? se ele trouxer uma mulher? Eu vim para este distante recanto do mundo para não sofrer desse mal, não posso cheirar conas, fazem-me mal, abalam a minha racionalidade, os meus pensamentos passam a ser um, controlar a baba que cai da minha boca e a minha própria luxúria animal.

Passei por muitos médicos, de muitas espécies e saberes, mas a opinião era sempre a mesma, “você é uma aberração, nenhum homem sofre disso, só você”, até me analisaram o pau, com máquinas caralho!!, e não havia solução, se uma cona passava a não mais de uns palmos da minha mão, contorcia-me de dores, sofria uma transformação.

Naquela altura os tempos eram outros, estou afastado há alguns anos da humanidade, quem sabe, posso ter-me curado sozinho, isso acontece muitas vezes, e o meu filho sabia, eu era um perigo, e no tal “episódio” se ele trouxesse uma namorada cá para casa, só podia estar a testar-me, espero que não seja isso desta vez.

A namorada dele era um anjo de menina, quando me deu a mão, cumprimentando-me, eu perdi todo o sentido de equilíbrio, eu ejaculei sem qualquer controle, eles não viram, não sei se ela sentiu, se o meu calor e eletricidade a atingiu, mas o cheiro dela, a cona, foi como um murro no estômago, foda-se!!, eu pensava que estava curado.

Eles vinham para passar uns dias, e foda-se!! foi um suplicio, ela acordava sempre mais cedo que o meu filho, e eu já estava à espera, no alpendre, na mesa com frutos frescos do pomar, por onde ela caminhava alguns minutos, como uma Afrodite pertencente ao lugar, e eu não respirava, o meu apetite voraz tinha caído, não dormia, sentia em mim um suor colado ao corpo, o meu pau e os colhões eram pedras.

Ela aproximou-se e os meus olhos raio x analisaram cada célula daquele corpo feminino, dentro de um vestido vaporoso e desnecessário, a pouca distância, lambi-me de um cheiro a cona e a cu, como se preso a uma bolha de rata, que me prende e sequestra, não consigo pensar, ela mostra os dentes perfeitos e tão brancos, como um beijo de neve, eu morro ao pé dela a cada minuto, e ela diz como música, “não fica triste de aqui estar tão só?”.

Não sabia ela do meu mal, dos meus tormentos, devia eu dizer-lhe? Pedir-lhe, por favor amor, deixa-me ver a tua cona, deixa-me ver-te nua, para eu chorar, lança água para a minha fogueira, eu sorriu com um estalido tranquilo, como aquelas almas que testam as suas próprias palavras, no seu cérebro antes mesmo de as proferir, “sabe? até o compreendo, isto aqui é tão calmo, tão bonito, tão simples, tão inesperado, tudo tão diferente do que eu vivo”.

Ela sentou-me ainda mais perto de mim, ocorreu-me o pensamento estúpido, será que com este tesão todo, a atraio como um íman e a pele dela pode tocar na minha num micro segundo e numa micro célula, pode acontecer, eu disse, “meu Deus, você é tão bonita, tão radiosa, tão feliz”.

“Foda-se!!”, foram estes os meus pensamentos, porque disse estas palavras, devo estar louco, é o cheiro dela, apanhou-me desprevenido, e o meu corpo, deve estar a explodir de testosterona e ela deve estar a sentir-se desagradada, não tenho armas, estou totalmente indefeso, que crueldade esta do meu filho, ele sabe.

Ela fixou-me nos olhos, a minha maça de Adão tremia com certeza, ela perguntou, “feliz como uma criança? É assim que o pai do meu namorado me vê?”, eu corri a dizer, irrefletido e sem ponderar, “não, eu queria dizer que você é uma bela mulher”, os olhos dela seguiram os meus, baixaram para as pernas dela, com uma finura tão simples, tão fresca e tão jovem.

Se os meus olhos se fixaram nas pernas dela, eu tenho desculpa e ela sabia, eu estava hipnotizado, os dela continuaram e, pareceu-me sentir isso, pararam na minha virilha tesa, como se estivesse no meio das minhas pernas qualquer coisa grande e desconfortável, que ela quisesse estudar e ali ficássemos os dois presos naquele instantâneo.

Foram só segundos, ela salvou-nos, “seria eu capaz de viver aqui, como você, tão isolado do mundo, não sente falta das pessoas? Você está a fazer-me chorar”, eu tremi e pelo que mais me custava, atravessar a barreira do simples físico para a ditadura dos sentimentos, eu disse, “por favor não chore, porque chora?”.

Eu bastava-me com as obrigações do corpo, manter-me limpo, alimentado, saudável, com a natureza, com a chuva, o sol, a água do mar, a frescura das brisas inesperadas, ela disse, “não ligue, eu choro por não compreender, gostava de não ser eu?”, eu pensei, “mas que ideia mais estúpida”.

E era isto que me preocupava, trocar a minha doença por outra coisa, de repente era como se não a cheirasse mais, como se o meu desgraçado olfato de cão fosse substituído, os vapores de cona, de mamas, da saliva dos lábios dela, ou do liquido divino das suas partes mais secretas, estivesse a desaparecer, eu deixava de ter o meu eu conhecido, para ser uma analista do meu interior, foda-se!! deixava-me sem nada.

Eu aproximei um copo de sumo da boca dela, frutos que eu colhia do meu pomar e que via crescer em silêncio e devagar, tão devagar que parecia um crime consumi-los, mas aquela boca era uma troca admissível, o sumo de pera pintou-lhe os lábios, uma pequena cova nas maças do rosto, eu voltava a pouco e pouco a querer o meu eu ainda mais perto de mim, a minha doença, os seios dela tremeram de prazer, o gosto doce, o ser liquido, eu acho que sorri porque ela correspondeu, uma correspondência feita de carne, eu pensei, “tenho a certeza”, e disse, “acho que está a compreender, basta sentir e admirar humildemente”.

Ela riu-se, eu senti-o, agora como uma criança, “não sei se compreendo, mas vou fingir que sim”, nesse momento, o meu filho apareceu ensonado, “vais fingir o quê, amor?”, ela respondeu, “nada, falava de sexo com o teu pai”, o meu filho quase gritou a olhar para mim intensamente, “de sexo?”, ela prosseguiu, “dos anjos, sexo dos anjos, amor”

No dia seguinte, ela encontrou-me no meio da horta e do pomar, aproximou-se de mim e fui atacado novamente pela minha luxúria, olhei para as pernas, para as mamas, ele substituíra o vestido fino por um daqueles saris indianos, imaginei que se o soltasse no nó que trazia junto ao peito, ele cairia e deixava à vista o objeto do meu desejo, a atmosfera de fêmea com o cio envolveu-me numa bolha, ela sorriu, “estava a vê-lo aí parado a olhar”.

Eu olhei intensamente para o corpo dela, deixando-me sem reação, preso ao chão, incapaz de fugir, e eu sorri, “tempo é o que não me falta”, e continuei, “ou melhor falta, mas tenho tempo para apreciá-lo”, e eu ri novamente da minha saída espirituosa, ela moveu-se ainda mais para perto de mim, o corpo dela quase que tocava no meu, a minha carne explodia em convulsões e ondas internas, sentia nas cílios do meu nariz o cheiro a sabonete com que ela se lavara de manhã, e o toque amargo desse cheiro submetido aos suores das coxas e da vagina.

O olhar dela sobre mim era mais firme, “o seu filho disse-me para eu não me aproximar muito de si”, eu procurei um sitio para me sentar, mas ela perseguiu-me e eu perguntei, “mas porquê?”, ela prosseguiu, “ele diz que você é uma espécie de ninfomaníaco masculino”, eu devo ter mostrado um sorriso amarelo, ela insistiu, “só pensa em sexo, é verdade?”, eu respondi, “não, isso é uma ideia dele, eu sou é sensível às mulheres e se tiverem na conjunção astral e mágica para ....”

Ela deu uma gargalhada, tinha-se sentado ao meu lado nas ervas, quase deitada, as pérolas da geada noturna ainda se viam nas plantas, e arrepiavam lhe a pele, e num segundo, um tempo mínimo, um lampejo, quase que me apercebi que as pernas dela se abriram um pouco, ela perguntou “eu excito-o?”, eu não me lembro de ter gaguejado, não sabia se devia ser honesto, dizer que sim, ou fazer com que este frémito de sangue fervente, fosse contido em mentira, “quer mesmo saber? Sim excita-me”, ela fez com que os olhos esverdeados brilhassem, “gostava de ter sexo comigo?”

Não me lembro também se respondi, ela tomou as rédeas da situação, o sari abriu-se e ela deitou-se sobre mim, e o que senti naquela altura, foi sexo, mas mágico, como se Deus estivesse a olhar, que eu não era culpado, mais todos os animais e seres da Terra, ela procurou o meu pau e subiu e desceu por ele quanto tempo ela quis, obrigou-me a sentir e a querer mais, até que o meu sémen, o meu liquido perpetuador entrou nela, e ela gemeu e chorou.

Não demorou muito a deixar-me outra vez só, foram-se embora logo depois, e só depois é que vim a saber que o “episódio” tinha sido visto também pelo meu filho.

Ouvi tocar à campainha e fui abrir, aguardo alguns minutos, espero que ele apareça e já o vejo, vem acompanhado de alguém, foda-se!! uma mulher, eles vêm andando na minha direção, as formas mais difusas vão ficando mais definidas e alguns metros, é ela outra vez, “então pai como vai isso”, ela sorriu, ele continuou, “tem sido uma tortura, ela nunca te esqueceu, espero que estejas curado”

Contorci-me um pouco a esconder o meu pau teso.

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