Dar o cu é bom e faz bem - BIOGRAFIAS ERÓTICAS
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Dar o cu é bom e faz bem

História

Há aproximadamente quatro mil anos, Deus olhou para a Terra e apanhou em flagrante os habitantes de uma cidade entre o Rio Jordão e o Mar Morto entregues aos prazeres da carne – mais especificamente, do ânus. 

É o que conta a Bíblia sobre Sodoma e como o seu povo teria desaparecido, por volta do ano 1.400 A.C, ao provocar a ira do Senhor com tamanha lascívia. Os sodomitas desapareceram, mas, hoje, em pleno século 21, o pecado deles permanece vivo entre nós.

Embora se fale mais no assunto de dar o cu, por exemplo, o de o comer a outro homem, o assunto continua tabu.

Não é para menos. A região anal não foi necessariamente “projetada” para o sexo e, nos países com forte influência religiosa, usar uma parte do corpo pura e simplesmente para o prazer é chocante. 

Apesar de ir e levar no cu ser uma prática comum nas relações sexuais entre homens e até com mulheres, além de não servir para a procriação, no geral a sociedade é ainda muito preconceituosa.

O preconceito com o cu, porém, é proporcional ao nosso fascínio pela região. 

Recentemente, uma performance artística causou enorme polémica porque os atores exploravam os ânus uns dos outros em cena. 

“Isso lá é arte?!”, esbravejaram os mais educados críticos da internet sobre o espetáculo “Macaquinhos”, que foi exibido até na Europa.

O cu, antes marginalizado, agora é uma estrela.

Hipocrisia

Se, na prática, o cu tem o seu lugar cativo, no discurso, não é bem assim. 

Há hipocrisia em relação a sexo. Na pornografia, por exemplo, há pesquisas que mostram que as pessoas, ao mesmo tempo em que usufruem de pornografia, reprovam o seu consumo.

No caso do sexo anal heterossexual, estudos recentes mostram que há mais abertura para a prática, embora não seja possível ter a certeza se as pessoas estão fazendo mais ou apenas falando mais sobre o assunto. 

O problema é que, para a maioria das pessoas, o sexo anal ainda é para ‘dar de presente’, e não visto como uma potencial fonte de prazer, enquanto outros acreditam que dar o cu é um hábito de gays, meninas “fáceis” e de “vagabundas”. 

Comer cu é poder

A noção pejorativa da prática de ir ao cu tem raízes históricas, em que a penetração anal está associada unicamente à dor e à submissão. Ao ouvir ‘sexo anal’, ninguém pensa em carícias e beijos, muito menos entre duas mulheres. 

O imaginário masculino também se alimenta dessa noção. Para um homem heterossexual, é relativamente fácil obter sexo vaginal com a parceira, já o anal é mais difícil (isto devido a preconceitos e limites morais) e, portanto, mais “valioso”.

“O cu é o novo hímen”

Photo by Charles 🇵🇭 on Unsplash
Para completar a mítica que envolve o ânus, existe ainda a influência de preconceitos de género nos discursos sobre o assunto. De acordo com o senso comum, se um homem pratica sexo anal com a sua parceira, ele é o herói. 

Já a mulher que decide explorar essa possibilidade é uma vagabunda. “Na superfície social, o homem percebe isso de forma compulsória, do tipo ‘se ela quiser praticar, tudo bem’. 

O mesmo não acontece na perspectiva feminina: se uma mulher menciona o sexo anal, significa que há algo de mau com ela.

Questão de saúde

Para completar, existe uma enorme carência de informações sobre todos os aspectos envolvidos na prática. 

Mas, e se acontece um “acidente sujo”? A possibilidade de sair um pouco de fezes durante o sexo anal é real e, talvez, seja um dos principais factores que impedem o relaxamento das mulheres. 

Actualmente, existem uma série de dispositivos vendidos em farmácias e sex shops que ajudam a “limpar” o canal do reto.

O uso desses recursos pode deixar a mulher mais tranquila, mas é impossível – e nem seria recomendado, fazer uma limpeza completa.

Jogo de sedução

Na hora do vamos ver, só faz sentido se a mulher também tirar proveito da prática, se permitindo explorar novas sensações e usufruir de sua autonomia no sexo. 

Há mulheres que se sentem ‘putas’ quando fazem sexo anal, entrando no papel daquela que faz tudo na cama. Isso pode ser interessante, desde que ela sinta prazer nesse jogo.

Para algumas mulheres, no entanto, o papel de submissa é indissociável do ato. E tudo bem: não quer, não faz. E o parceiro tem que entender. 

Assim como são diversas as mulheres, são diversos os seus desejos. Então, para obter prazer no sexo anal a palavra-chave é experimentação.

Como começar?

Obviamente, há dicas para quem pretende iniciar-se. A primeira delas é não começar, literalmente, com tudo. Pedir para o parceiro explorar a região com a língua, por exemplo, ajuda a descobrir como o corpo reage às sensações.

Um dia, sexo oral expandido; outro, a ponta de um dedo; no outro, o dedo inteiro e por aí vai.

Sempre com lubrificante, porque o ânus não tem lubrificação natural e o atrito da penetração (mesmo de um dedo) pode causar microfissuras.

E cuspo não basta: é ralo e seca logo.

Uma outra dica é conciliar a exploração anal com estímulos do clitóris, com os dedos ou mesmo com um mini vibrador (minivibrador só no clítoris, heim? No ânus pode aleijar.

Embora seja possível chegar ao orgasmo apenas dando o cu, as massagens na outra zona erógena ajudam a relaxar e a excitar.

Quem consegue usufruir garante: vale a pena. 

Dar o cu é uma libertação sexual. A mulher que o consegue livrou-se de muitas amarras sociais. 

2 comentários:

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